Cirurgia gratuita para mulheres com próteses rompidas

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Esculpir o corpo melhorando suas formas, nem que seja de maneira cirúrgica, tornou-se o desejo de muitas mulheres e a aplicação de próteses de Silicone é apenas um dos passos para a realização do sonho de ter um corpo bonito.

Entretanto, algumas vezes este sonho tem se tornado um pesadelo. Isto devido ao rompimento das próteses implantadas, em especial das empresas PIP e Rofil, que podem causar desde a deformação das mamas até a intoxicação do organismo, devido ao uso de silicone industrial nas próteses implantadas.

Uma questão de saúde pública

Em uma iniciativa inédita, a Secretaria da Saúde do Governo Federal decidiu autorizar a substituição de próteses de silicone rompidas de mulheres cujos implantes sejam de duas marcas em especial, PIP (Poly Implant Prothese) e Rofil. O motivo desta decisão está no fato delas terem sido proibidas no país, por usarem Silicone Industrial nas próteses, ao invés de Silicone Médica.

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A utilização de Silicone Industrial é proibida, indo contra as especificações da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), pois pode se infiltrar nos pulmões, causando infecções, levando até mesmo a morte.

Segundo o cirurgião plástico Arnaldo Almendro, as mulheres que receberam próteses dessas marcas devem estar atentas aos sintomas que são: mudança na aparência do seio e em seu formato, visto que, a projeção do seio não permanece a mesma após a ruptura. Também existem relatos de fortes dores na região.

De acordo com Arnaldo Almendro, infelizmente não há cuidados que possam ser tomados para evitar que a prótese se rompa, já que nesse caso 75% do conteúdo destas próteses é silicone industrial,  cerca de sete vezes mais barato que o silicone médico, que compõe apenas 25% da prótese. Este gel misto é armazenado em uma cápsula fina que pode se romper com facilidade. “Não existe nenhum cuidado. A prótese é que é de péssima qualidade mesmo,” afirma.

A substituição da prótese rompida poderá ser feita através do SUS

Segundo o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o SUS (Sistema Único de Saúde) e os planos de saúde têm de arcar com a resolução do problema de saúde das mulheres em função de prótese, qualquer que tenha sido a motivação para a colocação da prótese, seja por cirurgia reparadora ou fim estético.

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Também, reforçando a decisão do Ministro da Saúde, após uma reunião com mastologistas e cirurgiões plásticos, o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, informou que tanto o SUS e os planos de saúde terão de arcar com a troca das próteses rompidas, independente da finalidade na colocação da prótese. Em nota, a ANS informou que os planos de saúde devem arcar com as despesas da retirada, mas a colocação de uma nova prótese se torna obrigatória apenas em casos de reconstrução mamária.

Casos de próteses rompidas

Até o momento, foram registrados 27 casos de próteses rompidas, mas, estima-se que mais de 12,5 mil mulheres tenham próteses da marca PIP e mais de 7 mil possuam implantes da marca Rofil. A orientação é de que todas as mulheres que receberam próteses dessas marcas, não apenas as que tiverem as próteses rompidas, passem por uma avaliação médica para que se possa definir a necessidade da troca, mesmo em caso de não rompimento. Porém, para a cirurgia, é necessário que haja indicativos da necessidade da retirada ou substituição.

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Portanto, caso tenha recebido uma prótese de uma dessas marcas, vá a um hospital público ou procure seu médico para uma avaliação e esteja sempre atenta, afinal, é a sua saúde e ela deve estar em primeiro lugar.

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