Há alguns anos um tipo de cigarro high-tech, bem diferente do tradicional de papel e filtro, tem chamado a atenção de muitos fumantes e até de não fumantes. Entretanto, estudos recentes têm mostrado que seus benefícios à saúde podem ser bem diferentes do que se pensava. Fique por dentro do assunto e entenda o que é o cigarro eletrônico e seus perigos.
Entenda como o cigarro prejudica seu corpo.
O que é o cigarro eletrônico
O cigarro eletrônico é um dispositivo também conhecido por vários outros nomes, como e-cigarette, e-ciggy, e-cig, MiniCiggy, e-pipe, e-cigar entre outros. Sua função é simular o ato de fumar, imitando o formato e a função do cigarro tradicional, com a diferença de que o conteúdo aspirado é constituído por substâncias presentes em um cartucho que fica dentro do aparelho.
Ao tragar o cigarro eletrônico, que funciona à bateria ou pilha, a pessoa ativa um atomizador capaz de retirar a umidade do cartucho, transformando-a em um vapor. Este vapor é disperso no ar e causa a sensação de fumaça liberada pelo cigarro, mas que, na verdade, é apenas água e nicotina. Por isso que esse aparelho não deixa odores e nem polui o ambiente. Para aumentar o efeito realista, a maioria dos modelos possui uma luz de LED na ponta, que acende a cada tragada, transmitindo a sensação da brasa do cigarro aceso.
Comparação entre o cigarro comum e o eletrônico
Para comparar seu impacto na saúde, em cada tragada de um cigarro comum o indivíduo ingere mais de 4700 substâncias nocivas, como a nicotina, o monóxido de carbono e o alcatrão. Apenas esse último elemento é uma mistura de mais de 4 mil substâncias, dentre as quais 60 são altamente cancerígenas.
Em contraposição, o cigarro eletrônico possui um cartucho que pode ser trocado conforme a necessidade de recarga, e que geralmente é composto por propileno glicol e nicotina, além de substâncias aromatizantes.
Saiba quais doenças são causadas pelo cigarro.
Perigos do cigarro eletrônico
Um dos problemas da utilização do cigarro eletrônico é que a grande causadora de dependência é a nicotina, que continua presente nessa versão high-tech. Ela atua no sistema nervoso central, promovendo a sensação de bem-estar e satisfação, além de estimular o organismo, inibir o apetite e aumentar a frequência cardíaca e pressão arterial.
Muita gente não sabe, mas essa substância é considerada um dos agentes tóxicos mais potentes e rapidamente fatais, e uma dose de 50 mg pode matar uma pessoa adulta. Outros efeitos colaterais do consumo da nicotina é o amarelamento dos dentes, envelhecimento prematuro da pele e diminuição da capacidade motora e física.
Por isso os cigarros eletrônicos não podem ser considerados uma forma de tratamento alternativo para o tabagismo, pois ajudam a perpetuar o vício. Outro fator importante a ser considerado é o padrão de fabricação desses dispositivos, que não possuem registro nacional e nem comprovação científica de sua eficiência ou incapacidade de causar malefícios à saúde.
Veja alguns famosos que morreram por causa do cigarro.
Por enquanto o comércio e até mesmo a importação de qualquer dispositivo eletrônico de fumar é proibida no Brasil, incluindo a venda de refis ou qualquer tipo de acessório. A decisão se deu através da Resolução de Diretoria Colegiada da ANVISA, RDC 46, de 28 de agosto de 2009, e promete continuar em vigor por muito tempo.
2 Comentários
não querem comentário, Já escrevi e apagaram tudo.
O problema não é o aparelho em si, mas a composição do líquido usado.