Cientistas brasileiros descobrem uma possível medida para evitar o Parkinson

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Uma pesquisa iniciada por brasileiros conseguiu mostrar que se eliminado uma das substâncias que fazem a comunicação entre as células do cérebro pode evitar que o mal de Parkson se manifeste no organismo. O estudo foi publicado pela revista cientifica “PLoS Biology”.

Já que a doença desregula os neurotransmissores, os cientistas conseguiram através do uso de camundongos, com uma alteração genética, inibir a produção do neurotransmissor acetilcolina na região de cérebro chamada de corpo estriado.

O corte fez com que as funções concedidas a acetilcolina fossem passadas ao neurotransmissor glutamato, mostrando que sua ausência na região não traz consequências graves. O resultado não era esperado e foi uma surpresa.

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“A descoberta é que um mesmo neurônio pode secretar dois tipos de neurotransmissores e que eles podem regular o comportamento de maneira diferente”, afirmou Marco Prado, um dos responsáveis pela pesquisa. “O conceito já existia, mas não havia evidências, é a primeira vez”, comemora.

Marco Prado, junto com sua equipe, começaram sua pesquisa na Universidade Federal de Minas Gerais. Em 2008, o grupo foi transferido para a Universidade de Western Ontario, no Canadá.

O Parkinson faz com que o nível do neurotransmissor dopamina diminua no corpo estriado do cérebro. A relação entre a dopamina e a acetilcolina é que quando uma está em baixa, a outra está em alta, e vice-versa. Então, quando cortado a acetilcolina, a domina aumenta, fazendo com que essa medida possa evitar a doença.

“Uma das coisas que a gente tem expectativa de fazer é usar o mesmo tipo de técnica para tratar um modelo animal da doença de Parkinson”, projeta Prado. Os testes devem ser feitos em outros animais, se ambos mostrarem os mesmos resultados, o processo pode ser iniciado em humanos, acredita o cientista.

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