Caso da Juíza Patrícia Lourival Acioli: Suspeitos Apreendidos

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No último domingo (11) a Justiça do Rio decretou prisão temporária de três suspeitos de participar do assassinato da juíza Patricia Acioli. Os suspeitos são três policiais militares do Grupo de Ações Táticas do batalhão de São Gonçalo (GAT) que já estavam presos na Unidade Prisional da PM, em Benfica, Zona Norte do Rio.

De acordo com o G1, os suspeitos, tenente Daniel dos Santos Benitez Lopes e os cabos Sergio Costa Junior e Jefferson de Araujo Miranda estão presos sob acusação do homicídio de Diego da Conceição Beliene, 18 anos, ocorrido em 3 de junho, no Morro do Salgueiro, em São Gonçalo, região Metropolitana. Um caso que estava sendo acompanhado pela juíza e pelo qual já havia decretado a prisão dos três policiais e de outros cinco envolvidos no crime horas antes de sua morte.

Na época do assassinato do rapaz, a alegação dos envolvidos foi de legítima defesa, o que configuraria “auto de resistência” (morte em confronto com a polícia) mas as investigações não respaldaram a versão dos PMs.

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O delegado titular da Divisão de Homicídios, Felipe Ettore informou que os três suspeitos foram até a casa da juíza no dia 11 de julho já planejando a execução, usando um carro do 12º BPM (Niterói) que não possui GPS. O mesmo site informa que, no dia do crime os três suspeitos foram avisados por sua advogada que a prisão poderia ser decretada e começaram a planejar o assassinato. Só não sabiam que Patricia já havia tratado do assunto.

A juíza Patricia Acioli era um alvo muito visado. Era conhecida por ser rigorosa em sua atuação contra grupos de extermínio que agem em São Gonçalo, além ainda de já ter trabalhado em casos contra milícias e máfias dos combustíveis e transportes alternativos. Ela foi emboscada na porta de casa e assassinada com 21 tiros no dia 12 de agosto em Piratininga, Niterói. A juíza não tinha proteção de escolta policial desde 2007.

Pedido de afastamento de 34 PMs

No dia 8 de setembro o Ministério Publico do Rio solicitou o afastamento cautelar de 34 policiais militares que respondem a processos em São Gonçalo e prisão preventiva de 28 deles à 4ª Vara Criminal do município, que era comandado por Patrícia Acioli. Estes policiais respondem processos por homicídio e formação de quadrilha.

O pedido de afastamento foi julgado mais eficaz do que a transferência para outros batalhões, que havia sido previsto pelo presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Manoel Alberto Rebêlo. Porém, alguns deles já foram transferidos.

A lista com o nome de 34 agentes ainda é considerada parcial. Outros casos continuam sendo analisados.

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