As fibras de carbono são compostos sintetizados através outros materiais carbonáceos, em sua forma mais comum advindos da pirólise ou da oxidação da poliacrilonitrila. Em comparação com o aço, o alumínio e até o titânio, as fibras de carbono são mais leves, mais rígidas, mais resistentes e com maior limite à fadiga e, por isto, têm aparecido cada vez mais como uma opção para a indústria automobilística mundial.
Inicialmente as fibras de carbono foram utilizadas em carros esportivos de alta performance, como no caso de diversos modelos da Lamborghini. Talvez o melhor exemplo de automóvel de superluxo da fabricante ítalo-francesa seja o modelo Sesto Elemento, que leva o carbono até em seu nome. Batizado assim em função da posição do carbono na tabela periódica, o carro tem a carroceria de fibras de carbono, o que o deixa extremamente leve, apenas 999 quilos, e permite que chegue de o a 100 km/h em apenas dois segundos e meio, alcançando uma velocidade máxima superior a 300 quilômetros por hora.
Hoje as fibras de carbono já começam a ganhar mais espaço no mercado automobilístico, não ficando mais restritas aos modelos de superluxo.
BMW e seus carros com Fibra de Carbono
A alemã BMW, por exemplo, anunciou recentemente que os modelos I3 – um de seus dois primeiros carros de série com motores elétricos – e o I8, de propulsão híbrida, serão completamente revestidos por fibras de carbono. A troca do aço pelo material composto deve deixar os modelos entre 250 quilos e 350 quilos mais leves, o que deverá resultar em mais agilidade para os dois carros. A previsão é que o BMW I3 chegue ao mercado em 2013, já o I8 só deve começar a ser vendido em 2014.
Novas tecnologias com Fibra de Carbono
Cientistas de todo o mundo que trabalham para a indústria automobilística tentam, há anos, baratear e agilizar o processo de sintetização e modelagem das fibras de carbono, propiciando que o material seja utilizado de maneira mais efetiva nos processos de produção em massa do setor.
Recentemente, a japonesa Teijin anunciou que desenvolveu uma tecnologia de moldagem das fibras de carbono capaz de viabilizar que o material composto seja utilizado em processos de produção de massa da indústria automobilística. A nova tecnologia da Teijin possibilita a produção de carrocerias de automóveis em apenas trinta segundos.
Para fabricar os monoblocos em menos de um minuto, a empresa japonesa utilizou materiais intermediários feitos de resina termoplástica ao invés das convencionais resinas termocuradas, geralmente utilizadas no processo. Estes materiais intermediários flexibilizam o processo e permitem o uso seletivo das fibras carbonáceas.
Com o avanço da tecnologia e a diminuição dos custos da sintetização e da moldagem das fibras de carbono, os materiais compostos dos carbonáceos ficam cada vez mais acessíveis à indústria automobilística e hoje já nos permite pensar em um futuro, não tão longínquo, de automóveis fabricados inteiramente com este material.
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