Câncer de mama e doenças cardíacas podem ter origem comum, segundo estudo

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Imagem; (Foto Divulgação)

Mulheres que possuem riscos de criar câncer de mama, dobram suas chances para doenças cárdicas. A maior parte das mulheres com câncer de mama ou de ovário possuem uma alteração nos genes BRCA1 e BRCA2, responsáveis por evitar o aumento dos tumores. Porém, atualmente,  também foi descoberto que eles são também responsáveis por regular a função cardíaca.

Depois de um ataque cardíaco, roedores com a alteração no BRCA1 apresentaram de três  a cinco vezes mais risco de falecer. Isso ocorreu, sobretudo, devido ao desenvolvimento de uma insuficiência cardíaca profunda, originada provavelmente porque os ataques cardíacos eram duas vezes mais graves.

Um acréscimo de duas vezes na insuficiência cardíaca foi examinado quando os animais com alterações no BRCA1/2 foram tratados com doxorrubicina um dos medicamentos quimioterápicos, corriqueiros para mulheres com câncer de mama. Além das análises com roedores, os estudiosos também averiguaram os efeitos em tecidos humanos.

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Eles acreditam que a alteração nos genes BRCA1/2 antepara a reparação do DNA nas células musculares, as quais são fundamentais para a recuperação depois de um ataque cardíaco. “Passamos a compreender que o câncer de mama e a doença cardíaca têm uma base biológica comum”, diz Subodh Verma, cardiologista e um dos coordenadores do estudo.

Tratamentos

Segundo o especialista, as descobertas podem ter enormes consequências. Saber que os genes BRCA1/2 são fundamentais para a reparação do DNA pode induzir a futuros tratamentos para qualquer indivíduo com doenças cardíacas, uma das principais causas de morte no mundo. As pacientes que têm essa alteração, hoje têm o conhecimento que podem também contrair com mais facilidade doenças cardíacas, além do câncer de mama.

Os médicos já sabiam que doxorrubicina estava ligada à insuficiência cardíaca, porém, com o atual estudo, se sabe também que as pacientes com alterações nos genes BRCA1/2 são individualmente sensíveis à sua toxina, segundo Christine Brezden-Masley, oncologista e coautora da pesquisa.

“Isso significa que quando uma paciente tem a mutação no gene, tenho agora que pensar sobre o quanto de doxorrubicina eu irei prescrever, ou mesmo se eu deveria pensar em uma terapia alternativa”, diz Christine.

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