Caio Fernando Abreu: frases, mensagens

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O jornalista, escritor e dramaturgo morreu de AIDS, em 1996 (Foto: Divulgação)

Caio Fernando Loureiro de Abreu nasceu em 12 de setembro de 1948. Ainda jovem foi morar em Porto Alegre, onde cursou Letras e a faculdade de Artes Dramática, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O dramaturgo, escritor e jornalista brasileiro, trabalhou nas revistas Nova, Manchete, Veja e Pop, foi editor da revista Leia Livros e colaborou em diversos jornais, como Correio do Povo, O Estado de São Paulo, Zero Hora e Folha de São Paulo.

Seus textos são inconfundíveis. Ele gostava de falar de uma forma econômica e pessoal, sobre sexo, medo, morte, angústia e solidão. Apesar de ter uma visão dramática do mundo é considerado um fotógrafo da fragmentação contemporânea. Caio faleceu no dia 25 de fevereiro de 1996, vítima de AIDS. Veja abaixo algumas poesias, frases e mensagem de Abreu:

As frases, poemas e mensagens de Caio sempre eram fortes (Foto: Divulgação)

“Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada ‘impulso vital’. Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como ‘estou contente outra vez ”

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“Um dia de monja, um dia de puta, um dia de Joplin, um dia de Tereza de Calcutá, um dia de merda”

“Te desejo uma enorme.

Em qualquer coisa, não importa o quê.

Desejo esperanças novinhas em folha, todos os dias.

Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo.

Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso.

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Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes.

Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito.

Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria.

Tomara que apesar dos apesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz.

As coisas vão dar certo.

Vai ter amor, vai ter fé, vai ter paz – se não tiver, a gente inventa.

Te quero ver feliz, te quero ver sem melancolia nenhuma.

Certo, muitas ilusões dançaram.

Mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo, eu faço força para manter algumas esperanças acesas, como velas.

Que 2011 seja doce. Repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante.

Que seja bom o que vier, pra você.”

Autor: Caio Fernando Loureiro de Abreu

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