Caindo a máscara – Rede de lojas Zara envolvida com trabalho escravo

PUBLICIDADE

 

A grande rede espanhola de fast fashion, Zara, foi desmascarada quando denúncias que acusavam a marca de contratar oficinas para fabricar suas roupas contavam com a ajuda de trabalho escravo.

 

PUBLICIDADE

A operação contou com fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego que vasculharam as oficinas subcontratadas da rede. Duas delas se concentravam na capital, e eram propriedades de bolivianos, porém, a responsável era a grande rede. Foram encontradas 15 pessoas trabalhando em condições lastimáveis, uma delas era adolescente. Em Americana, 52 trabalhadores costuravam calças para a marca espanhola e se encontravam trabalhando nas piores condições possíveis. Além de tudo, esses lugares serviam de moradia para essas pessoas. A ação toda foi transmitida pela Bandeirantes, no programa A Liga.

Esse tipo de situação, quando acontece com grandes empresas, acaba se tornando um exemplo, uma lição para o mundo. As contratações eram ilegais, havia trabalho infantil, as pessoas trabalhavam em condições inimagináveis, sem contar na jornada exaustiva de trabalho (16h diárias!), e ainda as pessoas não podiam sair do local de trabalho sem pedir uma autorização.

A marca espanhola foi alertada sobre a ação do flagrante e convidada a participar da fiscalização, ir até a oficina, mas não compareceu. Após o acontecido, a rede exigiu que a situação fosse revertida imediatamente pelo fornecedor que fez a subcontratação. Também está à disposição para realizar melhores condições na indústria têxtil presente no Brasil.

A Zara tem grande parte de seus produtos fabricados na Europa,75%, a Espanha também tem fábrica própria, assim como Portugal. A produção feita no Brasil corresponde a menos de 1% desse total, contando, em 2010, com 30 lojas da Zara funcionando no país.

A grande rede vende roupas femininas, masculinas e infantis, além de acessórios. Em 2010, o valor da marca Zara está avaliado em U$7500 bilhões. Por incrível que pareça, a Zara criou um código de ética contra o trabalho infantil, revistando todas as suas oficinas para ter certeza de que não havia crianças trabalhando, caso que aconteceu com a Nike em 2000, acusada de exploração infantil. Neste código ético havia a preocupação também em relação ao pagamento de contratados e se as condições higiênicas eram apropriadas.

O que vale salientar é que não há uma diferença entre trabalho escravo no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo. A situação é a mesma ou até pior. Várias marcas estão envolvidas com esse tipo de denúncia. O que podemos fazer para combater uma coisa que já era para ter sido exterminada há tempos, é ficar de olho e denunciar. Visite o site Repórter Brasil para saber quais outras marcas estão envolvidas na mesma prática.

PUBLICIDADE

Caindo a máscara.

 

Leia também:

Comentários fechados

Os comentários desse post foram encerrados.