Brasil aproveita construção de rodovias para ampliar rede de fibra óptica

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Esse método beneficiaria uma ampliação da rede brasileira a um custo muito baixo.

O Brasil está usando as construção e ampliação de rodovias e ferrovias para expandir a sua rede de fibra óptica. Segundo Eduardo Grizendi, diretor da RNP (Engenharia e Operações da Rede Nacional de Pesquisa) o Brasil possui poucos cabeamentos que permitem o tráfego de subsídios, voz e imagem em alta velocidade, sem acarretar a queda da conexão.

As rotas de longa distância de fibra óptica brasileiras – assim como em todo o mundo – são estabelecidas acompanhando infraestruturas físicas, como ferrovias, rodovias e linhas de transmissão de energia elétrica, o que faz com que os cabos sejam facilmente rompidos em obras ou acidentes.”Em quedas de barreira, por exemplo, a urgência é liberar o tráfego. Então éusada a retroescavadeira para liberar a pista e acaba levando quilômetros de cabos subterrâneos junto”, afirma.

Na última quarta-feira, a ruptura de três pontos da rede de longa distância que estabelece a conexão de dados para diversas operadoras de telefonia e banda larga que atuam na região, ocasionou lentidão no quilômetro 66 da BR-116, no Paraná, entre Quatro Barras e Campina Grande do Sul.

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Segundo Eduardo, o problema é que todo o tráfego foi desviado para uma rota acessória que faz a conexão da região, que não é alternativa, e sobrecarregou o sistema, ocasionando a lentidão. “Nós estamos aproveitando tardiamente as rodovias. Na duplicação da Fernão Dias, em São Paulo, não se aproveitou para instalar uma rota óptica, nem ao menos a instalação de dutos”, afirma.

Esse método beneficiaria uma ampliação da rede brasileira a um custo muito baixo. “Ganha-se muito em escala se construir infraestrura óptica no mesmo momento da infraestrutura física. Vira centavos no total daquela obra mãe”, avalia. Segundo ele, as operadoras vêm pesquisando na área urbana, porém na rede de longa distância, há muito tempo o Brasil não investe seriamente. “Desde o fim da década de 1990 não há grandes investimentos. Apenas pequenos trechos”, diz.

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