Chico Anysio era um comediante que conseguia espalhar os bordões de seus personagens. Com frases irreverentes e críticas à política do Brasil, esses bordões caíram na boca do povo e até hoje são conhecidos. Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, também conhecido como Chico Anysio chegou ao Rio de Janeiro aos seis anos de idade. Ainda jovem decidiu fazer um teste numa rádio onde saiu-se muito bem, ficando em segundo lugar e perdendo apenas para outro jovem talento, Silvio Santos.
Iniciou sua carreira como radialista e depois vieram propostas para comentarista de futebol entre outras. A carreira na qual mais se destacou foi como ator e humorista, além de escritor.
O Brasil passou a conhecer melhor esse humorista a partir de 1968, quando foi contratado pela Rede Globo, contracenando com os artistas mais famosos da época. Criou personagens irreverentes e divertidos, que durante décadas fizeram sucesso na televisão, alegrando os lares de milhões de brasileiros. Seus personagens ficaram mais conhecidos na Rede Globo, em programas semanais e algumas participações especiais como no Zorra Total (sua última participação). Um grande admirador de seu trabalho foi José Bonifácio de Oliveira, o Boni, diretor da emissora.
Personagens e seus bordões
Com mais de duzentos personagens (e cada uma com uma voz diferente), ele revolucionou a maneira de fazer humor com um linguagem leve e divertida. Um de seus personagens mais conhecidos é o Professor Raimundo, um professor que precisa aguentar as respostas mais inesperadas de seus alunos, e que reclamava de seu salário dizendo ” e o salário, ó! “. Outro personagem inesquecível criado por ele foi Alberto Roberto, um ator exigente que se considerava um símbolo sexual, seus bordões eram “se não for assim não gravo” e “eu sou um símbalo sexual”.
Não se pode deixar de comentar sobre outro de seus personagens mais marcantes, Bento Carneiro, o vampiro brasileiro, um vampiro caipira que não assusta ninguém, pelo contrário, é medroso e desnutrido, levando sempre a pior. Seu bordão era “minha vingança sará maligrina” . Outro bem conhecido é o Pantaleão, um aposentado que contava histórias falsas, e recorria à sua esposa perguntando-lhe se era mentira, esta, por sua vez não tinha coragem de contradizê-lo sempre confirmava. Seu bordão era “é mentira Terta ? “, e quando começava a contar as suas histórias dizia “pois bom, numa ocasião em 1927…”.
O Brasil perde um grande humorista, mas ficará na lembrança seus personagens mais queridos, afinal o humor é tudo, principalmente engraçado.
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