O papa Bento XVI chegou nessa quinta-feira (22) na Alemanha já causando polêmicas. No início de sua primeira visita a sua terra natal, o papa advertiu os alemães sobre o perigo de se ignorar a religião. Dentre seus argumentos, o pontífice afirmou que a religião é a base para obter-se uma sociedade de sucesso e que seus valores são essenciais para a liberdade.
Sua visita está repleta de protestos e multidões católicas. Um dos “problemas” que o papa deve enfrentar é durante seu discurso no Parlamento, onde cerca de 100 legisladores da oposição prometeram boicotá-la. Essa atitude serve de protesto contra o que consideram uma violação da separação entre igreja e Estado na Alemanha. Outras 10 mil pessoas são esperadas do lado de fora, ampliando a dimensão da luta pela causa. Alguns dos motivos das manifestações são, segundo informações da Associated Press, a forma desatualizada e distante da realidade de como a igreja tratou assuntos como o papel da mulher, homossexualidade e escândalos de abusos sexuais contra crianças.
A presença do papa também traz momentos positivos para parte da população. Mais de 250 mil pessoas estão inscritas para comparecer as missas sediadas pelo pontífice, uma delas é a celebração que acontece essa noite ao ar livre no Estádio Olímpico de Berlim.
Quando chegou, foi recebido com tapete vermelho no aeroporto Tegel de Berlim pela chanceler alemã, Angela Merkel, e também pelo presidente do país, Christian Wulff.
A visita durará 4 dias. O papa Bento XVI terá durante esse período reuniões com líderes da comunidade judaica e muçulmana e possivelmente se encontrará com vítimas que foram abusadas por padres.
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