BBB pode ter cenas censuradas

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Daniel foi inocentado e Monique negou que houve violência sexual na ocasião (Foto: Divulgação)

O Ministério Público Federal, em São Paulo, pretende proibir alguns tipos de cenas nas próximas edições do reality show Big Brother Brasil (BBB). A determinação baseia-se na exibição de imagens de um possível crime (que já foi esclarecido), exibidas na última edição do BBB. Na ocasião o modelo Daniel Echaniz foi acusado de ter violentado Monique Amin.

Depois da primeira festa do programa, em que ambos ingeriram bebida alcoólica, o casal deitou-se sob o edredom. Por conta dos movimentos insinuantes, em poucos minutos o assunto foi tratado da redes sociais como uma violência contra a mulher, já que Monique, aparentemente, estava desacordada.

A policia iniciou uma investigação e Echaniz acabou expulso do programa por “grave comportamento inadequado”. Porém, Monique disse que não houve crime algum, e afirmou que as carícias trocadas foram consentidas. Dessa forma, o Big Brother seguiu como se nada tivesse acontecido (com a moça na casa enquanto o modelo tentava se livrar da acusação). No fim das contas, dias depois da eliminação da jovem do reality, o inquérito foi concluído e Daniel foi inocentado.

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A espiadinha pode ser editada (Foto: Divulgação)

Na ação civil pública protocolada ontem, o procurador Jefferson Dias Aparecido declara que Globo e União são responsáveis por submeter, em futuros “BBBs”, cenas a um “filtro ético-moral”. Mesmo que a agressão sexual não tenha acontecido de fato, o que foi visto viola o direito da mulher, mesmo que aparentemente.

Na opinião de Dias, cabia à Globo intervir no pay-per-view. A cena do edredom foi transmitida por quase 10 minutos, sem cortes. Depois, na edição daquele dia, a emissora tratou o envolvimento como um “romance”. “O amor é lindo”, comentou Pedro Bial assim que as imagens foram exibidas.

O texto cita ainda controvérsias anteriores, como a declaração de Marcelo Dourado (vencedor do “BBB 10”) de que “hétero não pega Aids”, e que na época foi considerada homofobia. A União aparece na ação pois, segundo o procurador, o Ministério das Comunicações deve fiscalizar o reality. A pasta não se manifestou por não ter sido notificada.

Já a rede Globo ressalta que não exibiu o suposto estupro na TV aberta, mas alega não ter recebido nenhum comunicado oficial. Porém, acredita-se que a Globo deve vetar conteúdos similares nas TVs aberta e paga e em outros meios, como sites. O Ministério Público também solicita que a emissora faça campanha antiviolência contra a mulher.

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