Australiana cria coleção de roupas para quem já passou dessa para uma melhor

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Pia Interlandi, é o nome da australiana que criou a moda para os defuntos. A estilista garante que as
roupas não são uma estratégia de marketing da sua grife. De acordo com Pia, os estilos são inspirados em memórias de parentes do futuro morto e também contam com informações adquiridas por meio de experimentos científicos.

Ao escolher uma roupa para ser usada dentro do caixão, no momento do enterro, a australiana acredita que o cliente reflete sobre o curso natural da vida e a única coisa que temos certeza que irá acontecer conosco. A morte.

Outro ponto abordado nas criações da estilista é a sustentabilidade das peças, já que o material escolhido
para as roupas é tão importante quanto os modelos que os defuntos usarão. Os modelos criados por Pia se decompõem junto com o corpo, ao contrário das vestes habituais.

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Faz parte da formação da australiana uma instituição de arte biológica chamada Symbiotica, onde a artista trabalhou em conjunto com cientistas em experimentos de roupas biodegradáveis. Durante suas pesquisas, Pia Interlandi vestia porcos mortos com materiais de vários tamanhos e tipos, com a finalidade de estudar o processo de decomposição dos corpos.

O resultado da pesquisa fez com que a estilista optasse por utilizar tecidos compostos por cânhamo, que é
uma fibra da marijuana. Os insetos e microorganismo reconhecem o material como se fosse um produto orgânico, o que facilita sua decomposição junto ao meio ambiente.

Mas a artista não se deu por satisfeitas somente com os conhecimentos adquiridos com a pesquisa. Pia se
submeteu a um curso de capacitação para celebração de funerais. A estilista acredita que o treinamento faz com que ela tenha  discernimento na hora de extrair dos familiares do morto as informações necessárias para a elaboração das roupas.

A responsável pela “moda do caixão” acha que o mais importante na relação das vestes de sua autoria, com o ritual do sepultamento, é a proteção simbólica que ela exerce sobre o corpo. Para Pia a proximidade das peças com a pele do difunto evidencia que a morte não é o fim, mas sim o começo de tudo.

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