Aumento nas mensalidades escolares fazem pais contestarem

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Imagem: (Foto Divulgação)

O aumento do preço das mensalidades escolares estão gerando a circulação de pais de alunos de colégios em São Paulo. Considerados reprováveis por muitos pagadores, as altas excedem a inflação – cerca de 7% – e, em alguns casos, chegam próximo dos 20%.

“Percebemos que muitos pais estavam insatisfeitos e decidimos nos juntar para discutir o assunto. Vimos que em outras escolas da cidade está acontecendo o mesmo porque os valores estão muito altos,” diz uma mãe, cujos filhos estudam na Escola Nossa Senhora das Graças, em São Paulo. Segundo ela, o aumento sugerido pela escola foi de aproximadamente 10%.

Pais de alunos do colégio Santa Cruz, em São Paulo, também estão descontentes. Depois de receberem boletos com os valores referentes a 2012, os quais chegam a ser 20% a mais em relação deste ano, resolveram se juntar a outros pais para debater o assunto.

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No Colégio Visconde de Porto Seguro, descontentes, os pais protestaram publicamente e atualmente os custos estão sendo analisados pelo Ministério Público da cidade. Frédéric Armand, que possui filhos na escola afirma que no seu caso a taxa chega a 23%.

“O problema é maior do que o colégio Porto Seguro, é uma questão nacional. Não existe lei nacional sobre o controle de educação privada, como existe na saúde. Eu acho que deveria haver um projeto de lei para isso e estou atrás disso,” afirma Armand.

Enquanto muitos pagadores avaliam os valores exorbitantes, o  Sieesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo) afirma que os acréscimos são justos, já que são contados tomando por base a inflação e os custos da escola.

“O aumento dos salários dos funcionários para o ano que vem, que ainda não ocorreu, normalmente supera a inflação. O aumento do aluguel também supera,” afirma José Augusto Lourenço, vice-presidente do Sieesp. Segundo ele, aproximadamente 70% das receitas dos colégios são para pagamentos do quadro de empregados.

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Além disso, Lourenço afirma que os colégios estão analisando que 2012 será um ano complicado e que já estão considerando que os valores podem ser maiores em suas contas. “O problema maior é a gente não ter noção do que vai acontecer no ano que vem. O setor de ensino é o único setor que tem que apresentar seus custos antes do ano começar. Mesmo fazendo planilha de custos, não podemos arriscar errar, porque se houver mudanças, a escola não terá ninguem para pagar a diferença de seus gastos,” afirma.

No Rio de Janeiro o SinepeRio (Sindicato das Escolas Particulares da Educação Básica do Município do Rio de Janeiro) afirma que para ano que vem é esperado um reajuste entre 8% e 12% e que o problema maior é o descumprimento dos colégios, o qual chega a 25%.

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