As novelas brasileiras que fizeram história

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Desde os anos 1960, a TV brasileira ganhou um ingrediente que era simplesmente arrasador nas rádios até então: a novela. Ou melhor: a telenovela. Esse produto tão conhecido por nós, brasileiros, é uma verdadeira paixão nacional e o Brasil é mundialmente conhecido por ser grande exportador de produções excelentes. Os motivos que levam o nosso povo a gostar tanto desse gênero são muitos, e o que importa aqui é mostrar quais foram aquelas que fizeram história e saculejaram a opinião pública.

Novela – anos 1970

Dancin’ Days, do autor Gilberto Braga, foi a mais influente de todas. Passou na Rede Globo nos anos 1978-79 e tinha como história a reintegração de Júlia (Sônia Braga), uma ex-presidiária. Ela buscava uma reconciliação com a filha, que estava sob os cuidados da  rica irmã Yolanda (Joana Fomm). O ponto de encontro dos personagens era a discoteca, ponto altíssimo que fez toda diferença, criado por Daniel Filho, o diretor. As meias coloridas de lurex e o clima de danceteria fizeram moda.

Novelas – anos 1980

Nos anos 1980, mais especificamente em 1985, a Globo exibiu Roque Santeiro, sob a autoria de Dias Gomes, Joaquim Assis, Aguinaldo Silva e Marcílio Moraes. Foi também um sucesso. A história se passava com muitíssimo humor na cidade Asa Branca, que  vivia da exploração de um herói de mentira considerado santo. A volta dele ao local ia de encontro aos interesses dos poderosos do lugar. Diversos personagens ficaram marcados e são lembrados até hoje, como a viúva Porcina, encarnada por Regina Duarte e sinhozinho Malta, feito por Lima Duarte.

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Sob autoria de Aguinaldo Silva, Gilberto Braga e Leonor Basseres, Vale Tudo também marcou época anos de 1988 e 1989, época em que o país voltava à democracia e casos de corrupção faziam parte do noticiário. Então a história era vivida por duas personagens com comportamentos bem diferentes: Raquel, uma mulher que corria atrás de tudo, interpretada por Regina Duarte, e sua filha, Maria de Fátima, feita por Glória Pires, que era o seu contrário: fazia de tudo para se dar bem. A novela ainda contava com uma vilã até hoje citada nas rodas de conversas: Odete Roitman. Naquela noite do último capítulo, o Brasil parou para saber quem enfim matou Odete Roitman. A produção também mostrou mocinhos sendo presos e bandidos de gravata serem soltos. Na época, não havia essa explicitação a respeito desse assunto.

Pensar e falar sobre novela em terras tupiniquins não é algo restrito à população em geral. Isso também é objeto de estudo de cientistas sérios. A Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, conta com o Núcleo de Pesquisa de Telenovela, que se debruça sobre as produções e suas implicações.

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