Após ter seus dirigentes e funcionários impedidos de sair do Brasil, as companhias petroleiras Chevron e Transocean também serão delatadas pelo Ministério Público Federal, podendo ser multadas e até impedidas de atuar no País. É o que relata Eduardo Santos de Oliveira, procurador da República em Campos, Rio de Janeiro.
O procurador afirmou que espera informações da investigação da Polícia Federal, da ANP (Agência Nacional de Petróleo) e do Ibama para prestar acusação criminal à Justiça Federal. E mais, Oliveira solicitou explicações à Agência sobre outra questão que pode agravar a punição da Chevron. “A Chevron não pode sair sem finalizar o abandono (fechamento) do poço. Quero entender a dimensão do pedido. Uma série de atitudes da empresa demonstram seu desprezo pelo acidente e os danos causados”, disse ao Estado.
Após o primeiro vazamento do poço da Chevron, a ANP já havia promovido a interrupção das atividades da empresa, até que fossem explicadas as causas do problema e restituídas as condições de segurança na região. Anteontem, um dia depois do aparecimento da nova mancha, A Chevron declarou em nota que já havia suspendido provisoriamente a obra no local. A empresa ainda afirmou que realizará uma pesquisa para entender a estrutura geológica do local.
Segundo Oliveira, a empresa deveria regular a crise acarretada pelos vazamentos, porém, tem apenas tentado minimizar os acontecimentos com respostas evasivas e informações pouco claras. Na denúncia que enviará à JF, o MPF poderá solicitar, inclusive, a prisão preventiva dos delatados.
De acordo com David Zee professor da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), mesmo que as operações estejam suspensas, um acidente ainda poderá ocorrer, devido a falhas geológicas registradas no local. Até o momento não está evidente a causa do atual vazamento, porém há fortes indícios de que seja decorrência do anterior.
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