Após a paralisação de médicos em hospitais federais de dez estados do país, nesta terça-feira, o governo federal divulgou que voltará atrás nos planos de diminuir o salário da divisão. A greve foi contra a Medida Provisória 568, que previa uma mudança na jornada de trabalho e na remuneração salarial de profissionais da saúde – o prejuízo do salário poderia chegar a 50%.
Depois de uma reunião entre a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), relator da medida provisória, o governo divulgou que apresentará uma emenda à medida, acatando à exigência dos médicos.
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A Fenam (Federação Nacional dos Médicos) comentou que ainda não foi comunicada sobre a mudança e que só iria se pronunciar depois que Eduardo Braga apresentasse seu documento, o que deve ocorrer neste quarta-feira.
Segundo o órgão, a medida comprometeria mais de 42 mil médicos do Ministério da Saúde e 7 mil do Ministério da Educação. Os profissionais exigem a remoção dos artigos 42 e 47, os quais preveem as alterações salariais.
Greve Geral
Médicos de hospitais públicos federais dos estados do Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará, Sergipe, Bahia, Paraná, Pernambuco, Distrito Federal e Pará suspenderam suas atividades nesta terça-feira. Na capital paulista os médicos realizaram um protesto onde foram soltos 5 mil balões negros contra a medida.
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Além dessas paralisações, a Fenam afirma que existe a possibilidade de uma greve nos hospitais públicos federais se suas exigências não forem acatadas. “Pode haver greve geral, mas acredito que o bom-senso das autoridades vai prevalecer”, disse o presidente da Federação.
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