Aplicativo Tubby era trolagem da internet

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Ansiosas por baixar o aplicativo Tubby, que vinha sendo apresentado pelos desenvolvedores como uma espécie de “Lulu para homens”, referindo-se ao polêmico app que permite às mulheres avaliar o desempenho sexual dos homens, muitas pessoas tiveram uma surpresa ao acessar o site oficial da plataforma.

O lançamento do app Tubby não passou de uma brincadeira, que acabou trazendo várias reflexões (Foto: Divulgação)

É que ao invés de disponibilizarem o aplicativo para download, conforme o prometido, em versões para Android e iOS, os desenvolvedores do programa publicaram um vídeo (veja abaixo) explicando que o app, na verdade, nunca existiu.

Segundo os autores da “trolagem”, o objetivo por trás de tudo isso era promover uma campanha contra a exposição das intimidades dos relacionamentos na internet, algo que tem acontecido com bastante frequência, resultando até no surgimento do termo “pornografia de revanche”, além de combater a visão de pessoas como objeto.

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Vídeo do suposto app para avaliar as mulheres

Disponibilizado no site oficial do suposto aplicativo (www.tubbyapp.com) e também na página onde seria realizado o seu download no Google Play, o vídeo do app Tubby mostra um suposto acionista sul-coreano, explicando as hashtags que seriam utilizadas no programa.

Mas ao ativar o recurso de legendas do YouTube, a mensagem verdadeira aparece. O ator (Pyong Lee) faz um discurso sobre a crescente exposição de relacionamentos na web e sobre os estragos que tal atitude pode causar na imagem pública dos envolvidos, como nos casos de divulgação de vídeos íntimos por ex-namorados, por exemplo.

Na gravação, são feitas várias críticas às novas ferramentas que permitem a exposição online de intimidades e que parecem ter sido direcionadas ao app Lulu, dando uma lição de moral nas pessoas que adoram usar a tecnologia para acabar com a privacidade alheia.

Mesmo antes de ser lançado, o aplicativo já estava proibido

Trecho do vídeo em que os criadores revelam a brincadeira (Foto: Divulgação)

A ideia de criar um aplicativo para avaliar o desempenho sexual das mulheres, de forma anônima, não repercutiu bem, tanto é que mesmo sem a confirmação do lançamento do programa, os coletivos Marcha Mundial das Mulheres, Marcha das Vadias e Frente de Mulheres das Brigadas Populares de Minas Gerais, entre outros, haviam entrado com um pedido de medida cautelar contra o app.

Atendendo ao pedido, um juiz da 15ª Vara Criminal de Belo Horizonte (MG) emitiu uma liminar proibindo o lançamento do app Tubby no Brasil, com base na Lei Maria da Penha e argumentando que ele promovia a violência contra a mulher. A decisão previa uma multa diária de R$ 10.000,00, caso fosse descumprida.

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