Mesmo com o mercado desfavorável ao PlayBook, resposta da Research in Motion (RIM) ao iPad da Apple, a empresa canadense pretende continuar apostando no sistema operacional QNX, que turbina o tablete, para revitalizar o BlackBerry, smartphone da empresa que também não vai bem contra aparelhos da Samsung e Apple.
Segundo analistas, a RIM depende de uma boa resposta do mercado para atingir sucesso com o smartphone, que está em queda, mesmo em ambientes corporativos, onde sempre foi destaque. Segundo a RIM, o sistema operacional QNX mudará seu nome em breve, para BBX.
“O QNX é importante não porque o tablet em si seja importante, mas porque eles precisam convencer os programadores a aderir a essa plataforma, já que ela é a precursora do BBX, e este tem importância crucial para o futuro da companhia”, disse Tavis McCourt, analista da Morgan Keegan, em entrevista à Reuters. “É a última chance, realmente a última chance, que eles têm de reanimar seus negócios”, finalizou.
Para aumentar vendas e o interesse dos programadores, a Research in Motion foi obrigada a diminuir o preço do tablete para continuar viva no mercado. Na sexta-feira (2), a empresa anunciou uma provisão de US$ 485 milhões para cobrir seus estoques, e disse que o lucro anual anteriormente previsto não seria realizado.
O atual sistema operacional QNX apresenta diversos problemas, dentre eles, os piores são a falta de compatibilidade com programas antigos de e-mail e programas para o sistema operacional Android, do Google. Sendo assim, analistas temem pelo futuro da RIM.
Na sexta-feira (2) a RIM anunciou a venda de 150 mil PlayBooks no trimestre passado, sendo que a Apple vendeu 74 vezes mais iPads.
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