Antidepressivo na gestação não aumenta risco de morte fetal, diz pesquisa

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A ingestão por mulheres de antidepressivos como o Prozac e outros inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), durante a gestação pode parecer perigosa. Mas, segundo um grande estudo, consumir esse tipo de medicação não representa aumento de risco de morte fetal ou de mortalidade infantil.

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Feto não é influenciado por antidepressivos (Foto: Divulgação)

Tratamento de depressão na gravidez é delicado

Os inibidores seletivos de recaptação de serotonina foram relacionados há várias complicações na gravidez e no parto, mas isso também acontece quando a mãe tem depressão. É por isso que os especialistas chegaram a conclusão de que o tratamento da depressão durante a gestação é complexo, mas pode ser menos problemático que a doença.

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Depressão faz mal para a vida da criança (Foto: Divulgação)

Detalhes da pesquisa que relaciona antidepressivos com a gravidez

Cientistas publicaram o estudo no The Journal of the American Medical Association e para chegar nas devidas conclusões analisaram mais de 1,6 milhão de nascimentos de não gêmeos na Finlândia, Dinamarca, Noruega, Islândia e Suécia. A taxa de mortalidade neonatal de bebês com menos de um mês de vida dos filhos das 29.228 mulheres que usaram antidepressivos não foi diferente do restante da população que não utilizaram essa medicação.

A taxa de natimortos e mortes de bebês com menos de 12 meses de vida foi maior entre os nascidos de mulheres que usaram os medicamentos, mas essa aparente desvantagem desaparece após uma análise dos pesquisadores mais ampla, que concilia as informações de internações anteriores por depressão e outros fatores com a ingestão de antidepressivos. Com isso, os estudiosos chegaram a conclusão que a razão para a associação da medicação com a morte das crianças com menos de um ano pode ter sido a doença psiquiátrica si, e não o tratamento com ISRS.

“A depressão e outras doenças psiquiátricas graves durante a gravidez não são boas nem para a mãe nem para o bebê”, afirmou Olof Stephansson, professor associado de obstetrícia e ginecologia do Instituto Karolinska, em Estocolmo. “Nem todo mundo deveria usar esses medicamentos, mas os riscos são modestos. Em minha opinião, não tratar essas doenças é ainda pior do que usar esses medicamentos.”, concluiu.

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