Antibiótico pode impedir o desenvolvimento de tuberculose, diz pesquisa

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Imagem: (Foto Divulgação)

O antibiótico doxiciclina, utilizado desde a década de 60 para combater uma série de microorganismos, pode ser a nova arma contra a tuberculose. Uma nova pesquisa, divulgada na revista médica American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine, adverte que o medicamento pode impedir a tuberculose de acarretar detrimentos ao pulmão.

Entre todos esses anos, mais de 1,5 milhão de indivíduos faleceram devido a tuberculose. De acordo com os pesquisadores do estudo, cada vez mais, a doença se mostra resistente aos antibióticos usualmente usados para tratá-las. E é justamente por isso, que os especialistas ao redor do mundo investigam formas para combatê-la.

No ano passado, uma equipe da Imperial College London desvendaram que a tuberculose eleva a fabricação de uma substância chamada MMP-1. Essa substância é responsável por devastar a textura do pulmão. Uma das formas de combater a doença é impedir a fabricação dessa substância para suavizar os prejuízos ao órgão.

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Recentemente, os pesquisadores descobriram, em análises in vitro, que a doxiciclina impede a fabricação da MMP-1 em células humanas contaminadas com a doença. A equipe ainda notou que o antibiótico dificulta o crescimento de microorganismo da doença em roedores.

“O tratamento da tuberculose não sofreu alteração por mais de 30 anos e cepas resistentes aos remédios estão surgindo. Por isso precisamos de alternativas”, disse Paul Elkington, chefe do estudo. “Como a doxiciclina é barata, segura e amplamente disponível em países subdesenvolvidos, ela pode ser útil no tratamento”, disse.

As decorrências do estudo são promissores, mas os pesquisadores ainda precisam estender as análises. Até o momento, os efeitos se mostram eficientes somente em células humanas in vitro e modelos animais. “Esperamos realizar um teste clínico em breve para testar se a doxiciclina é eficiente no combate da tuberculose em pacientes.”

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