Amnésia dissociativa: o que é?

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O estresse tem relação com a amnésia dissociativa.

Definição

A amnésia dissociativa está relacionada à incapacidade que uma pessoa tem em recuperar uma informação pessoal importante. Na maioria das vezes está vinculada a uma situação estressante ou traumática, onde todos ao redor conviveram, sendo impossível mencioná-lo como um esquecimento individual.

De modo geral, a perda da memória inclui uma informação que faz parte do conhecimento consciente habitual ou memória própria de sua história. Em alguns casos, apesar da informação ter sido esquecida, a situação continua a influenciar o comportamento da pessoa.

Uma lacuna na memória

Indivíduos portadores de amnésia dissociativa possuem lacunas de memória que se estendem de poucos minutos a algumas horas ou, até mesmo, dias. Normalmente, os períodos confinantes com a lacuna de memória costumam ser claros para as pessoas que são portadoras da doença. Porém, eles só percebem que perderam algum tempo quando são confrontados com a evidência de que fizeram coisas de que não se lembram.

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Epidemiologia

Ainda não existe representativo sobre sua incidência e prevalência na população. O que se sabe até o momento é que é uma perturbação mais frequente nos adultos.

A perda da memória pode durar de horas a dias.

 

Fatores de risco

Pessoas que sofreram algum tipo de trauma ou situação estressante são mais propensos a desenvolver esse problema. Dentre alguns exemplos estão:

  • Sobreviventes de guerras;
  • Sobreviventes ou pessoas que presenciaram grandes desastres naturais;
  • Sobreviventes ou pessoas que presenciaram acidentes graves.
  • Indivíduos que foram molestadas durante a infância;
  • Mulheres que sofreram estupros;
  • História de abandono;
  • Morte de ente querido;
  • Ruína financeira;
  • Comportamentos criminosos.

Quadro clínico

O principal sintoma manifestado por uma pessoa portadora de amnésia dissociativa é a perda de memória. Após a amnésia, a pessoa pode apresentar-se confusa e, de certa forma, deprimida. Porém, a depender do modo que a pessoa irá lidar com a situação, o quadro será ou não mais grave.

Diagnóstico

Antes de diagnosticar a pessoa como portadora de amnésia dissociativa, o médico irá realizar um exame físico e psiquiátrico. Além disso, em associação com a clínica, o mesmo solicitara exames de sangue e de urina para descartar o uso de substâncias tóxicas, como drogas ilícitas. Isso precisa ser feito, pois, em alguns casos, os entorpecentes podem ser responsáveis pela amnésia.

Em outros casos, o especialista também poderá solicitar a realização de encefalograma para determinar se a causa é uma perturbação epilética. 

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Tratamento e prognóstico

Caso a memória não se recupere de modo espontâneo, ou se é urgente a sua recuperação, são escolhidas técnicas muito eficazes para resolver o problema. Em associação, utiliza-se a hipnose e os efeitos de determinados fármacos. Porém, mesmo com a prática dessas condutas, não é possível dizer que as recordações recuperadas sejam reais. Apenas o convívio poderá determinar a exatidão das informações perdidas. Uma vez desaparecida a amnésia, o tratamento continuado ajudará o indivíduo a compreender o trauma e os conflitos que causaram a situação. Dessa forma a pessoa poderá encontrar  meios para resolver o problema.

A perda da memória pode causar dificuldades sociais.

Algumas pessoas, após sofrerem traumas ou passarem por situações de estresse, começam a ter perdas de memória. A essa patologia denominamos amnésia dissociativa. É uma doença recentemente estudada, por isso os especialistas ainda apresentam algumas dúvidas em relação a como diagnosticar, tratar e conduzir o caso. Apesar de ser pouco evidenciada, é uma doença que merece uma grande atenção tanto do médico quanto dos familiares.

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