Amanda Knox é absolvida da acusação de ter matado a colega de quarto.

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A estudante norte-americana Amanda Knox, 24 anos, que era acusada de matar sua colega de quarto em ritual sexual foi absolvida da acusação. Ela e o ex-namorado Raffaele Sollecito lutavam contra o veredicto declarado em 2009 que os considerou culpados por esfaquearem até a morte a estudante inglesa de intercâmbio Meredith Kercher na Universidade Leeds, na Itália, durante um ritual sexual brutal satânico, movido pelo uso de drogas e álcool.

Amanda fez uma apelo para corte durante o julgamento: “Eu sou a mesma pessoa que era quatro anos atrás. Eu perdi uma amiga, da forma mais brutal e inexplicável possível. Minha fé absoluta nas autoridades policiais foi traída, tive que enfrentar acusações totalmente injustas… e sem fundamentos. Estou pagando com minha vida por coisas que não cometi.”

A estudante e seu ex-namorado, que também eram intercambistas, pediam para serem absolvidos da acusação. Ambos estavam presos a quase quatro anos em Perugia, na Itália, porém em cadeias diferentes. Amanda havia sido condenada a 26 anos de prisão e Sollecito a 25.

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Meredith Kercher, de 21 anos, era colega de quarto de Amanda Knox e foi encontrada morta no seu aposento em uma poça de sangue com mais de 40 ferimentos. Outro homem também faz parte do caso, o traficante de drogas Rudy Guede, da Costa do Marfim, condenado a 16 anos, pois teria imobilizado a vítima e participado do assassinato.

A defesa argumentou que nenhum motivo ou evidência clara ligava os réus ao crime e alegava que ambos eram inocentes. A promotoria, entretanto, aponta a falsa acusação do casal contra um atendente de bar e um suposto roubo que o casal teria encenado no apartamento para desviar as investigações.

Por fim, Amanda Knox e Raffaele Sollecito foram absolvidos das acusações no final da tarde desta segunda-feira (3). Rudy Guede continua preso.

A família da estudante morta parecia não acreditar no veredicto e ficaram sem reação. Já a família de Knox comemoram com abraços e choros. Alguns contra a absolvição gritavam “vergonha” e outros a favor aplaudiam.

Hoje, Amanda Knox e sua família voltaram para Settle, nos Estados Unidos. A promotoria ainda pode recorrer a decisão da Corte de Cassações, tribunal de apelação da Itália e a família precise talvez voltar para novos esclarecimentos e julgamentos. A mãe de Amanda disse estar feliz com o resultado, mas acrescenta que ainda terão que continuar lutando para resolver o crime.

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