AIDS: Mitos e verdades

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Apesar da evolução de pesquisas e divulgação do conhecimento em meios de comunicação, a AIDS ainda é um assunto bastante polêmico, cercado por crendices e que se encontra muito distante do nível de informação que seria o ideal para população. Para esclarecer várias coisas a respeito do assunto, confira alguns mitos e verdades sobre a AIDS.

Confira mitos e verdades sobre o HIV.

A AIDS é uma doença cercada de mitos e verdades. (Foto: divulgação)

HIV é sinônimo de AIDS

Mito. A AIDS, ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, é o conjunto de sinais e sintomas que caracterizam a fazer mais tardia da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana, também conhecido como HIV. Ou seja, a AIDS é uma doença, enquanto o HIV é seu agente causador.

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Sexo oral transmite AIDS

Verdade. A exposição a fluídos corporais potencialmente contaminados pode transmitir o vírus HIV tanto para quem realiza como para quem recebe o sexo oral, assim como muitas outras doenças sexualmente transmissíveis. Por isso o uso de preservativo é fundamental.

Homossexuais e usuários de drogas são grupos de risco

Mito. Logo no início da epidemia da AIDS surgiu a ideia de grupos de risco, onde eram incluídos homossexuais e usuários de drogas injetáveis. Entretanto, com as profundas mudanças comportamentais da sociedade moderna, a infecção pelo HIV atingiu todas as camadas e grupos sociais de forma muito semelhante, e por isso hoje não se fala mais em grupo e sim em comportamento de risco. Praticar sexo desprotegido, compartilhar agulhas, ter contato com sangue ou objetos cortantes contaminados fazem parte dos comportamentos considerados de risco.

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A manipulação incorreta do preservativo pode torná-lo ineficiente na proteção contra o HIV. (Foto: divulgação)

Existe maior risco de transmissão da AIDS pelo sexo anal

Verdade. Pelo fato da mucosa anal ser mais sensível, haver maior chance de lesões teciduais durante essa prática e ainda existir grande número de linfócitos, as células-alvo da infecção pelo HIV, nas camadas mais profundas do intestino grosso. Por isso, as chances de transmissão ou contágio por HIV durante o sexo anal desprotegido são muito maiores do que no sexo vaginal ou oral sem uso de preservativo.

A camisinha é totalmente segura contra o HIV

Mito.  Sem sombra de dúvidas a camisinha é a forma mais eficiente de prevenção da infecção pelo HIV, entretanto a contaminação pode ocorrer por descuido e contato com a secreção do parceiro, bastante frequente principalmente durante a retirada do preservativo. É extremamente importante evitar tocar na região da camisinha que entrou em contato com a mucosa do parceiro e cultivar o hábito de lavar as mãos logo após a retirada do preservativo. Manipular o próprio genital e o do parceiro também pode transportar fluidos capazes de transmitir o HIV.

As pessoas não morrem de AIDS

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Verdade. Apesar de ser incapaz de causar diretamente a morte, essa doença provoca uma grande supressão do sistema imunológico, propiciando o surgimento de outras infecções que levam a morte. Isso significa que ninguém morre de AIDS, mas em decorrência de suas complicações.

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O beijo na boca não transmite HIV. (Foto: divulgação)

O beijo na boca pode transmitir HIV

Mito. Em situações normais é praticamente impossível o vírus ser transmitido por um beijo na boca, independente de sua intensidade. Para ocorrer contaminação por essa via seria necessária uma hemorragia bastante considerável, o que, por si só, impediria o ato.

É possível responder criminalmente por transmitir o HIV

Verdade. Uma pessoa pode ser acusada de transmitir o HIV e ter de responder na justiça, entretanto as circunstâncias devem ser bem específicas, como, por exemplo, ser necessário provar a intenção de contaminar o parceiro. Essa questão ainda é bastante polêmica e divide opiniões, por poder contribuir para a discriminação do indivíduo soropositivo.

A pílula do dia seguinte combate o HIV

Mito. A pílula do dia seguinte serve para prevenir gravidez indesejada e não tem poder nenhum contra o vírus da AIDS. O que pode ser utilizado em situações especiais, como estupro, transmissão de HIV durante o parto ou exposição acidental a material contaminado, é a utilização de medicamentos antirretrovirais, chamados de “coquetel do dia seguinte”, e que ainda assim não garantem total prevenção contra a infecção. É importante que os termos pílula do dia seguinte e coquetel do dia seguinte não sejam confundidos.

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Bebês de mulheres soropositivas podem não ter a infecção

Verdade. Com o adequado acompanhamento pré-natal é totalmente possível que mulheres portadoras de HIV evitem a transmissão do vírus para o bebê. Por isso é indispensável a realização de visita regular ao médico e boa adesão à terapia de antirretrovirais, com o objetivo de diminuir a carga viral e melhorar a imunidade materna.

O acompanhamento pré-natal regular é fundamental para evitar a transmissão da mãe para o bebê. (Foto: divulgação)

Apesar dos avanços na área da pesquisa e melhor divulgação sobre o conhecimento dos meios de transmissão e prevenção da AIDS, a infecção pelo HIV ainda é um assunto bastante polêmico, cercado por mitos e verdades.

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