31 de março: Aniversário do Golpe Militar – 1964

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No dia 31 de março, o Golpe Militar completa 48 anos (Foto: Divulgação)

No dia 31 de março, o Golpe Militar faz aniversário. O período de ditadura militar ficou conhecido por inibir os direitos civis dos trabalhadores, tais como a liberdade de imprensa e as manifestações populares. O regime que tratava com violência os seus opositores se estendeu até 1985.

Quando Jânio Quadros renunciou seu posto na UND (um partido de direita) em 1961, sete meses depois da sua renuncia, o Golpe Militar começou a ser desenhado. Apoiado por uma ampla coligação, a decisão de Quadros deixou um vazio de poder, uma vez que o vice-presidente, João Goulart, do PTB (um partido de esquerda), era visto com desconfiança pelas Forças Armadas.

Jânio quadro renunciou em 1960 (Foto: Divulgação)

No dia 31 de março de 1964 João Goulart foi depostos pelos militares, que na ocasião disseram que ficariam 21 anos no poder. O então presidente deposto se exilou no Paraguai. Marechal Castello Branco assumiu a Presidência da República no lugar de Goulart. Entretanto, coube ao sucessor de Castello Branco, o marechal Artur da Costa e Silva dar início ao processo de radicalização do regime a partir da edição do Ato Institucional nº 5 (AI-5) que deu ao Executivo poderes para fechar o Congresso Nacional, cassar o mandato de políticos e legalizar a repressão aos movimentos sociais. Foram nesses anos que aconteceram torturas, mortes e milhares de desaparecimentos.

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Fernando Collor foi o primeiro presidente eleito pelo povo a tomar posse (Foto: Divulgação)

Com o tempo, a pressão popular aumentou e o quarto governo militar, que tinha como presidente o general Ernesto Geisel, no ano de 1978, começou a introduzir a democracia nesse cenário.  Foi também nesse ano que houve a aprovação da Lei da Anistia que deveria restituir os direitos políticos dos perseguidos pela ditadura, mas que acabou favorecendo também os militares que foram autores dos atos desumanos.
Em 1981, o governo de Figueiredo foi marcado por uma série de atentados terroristas promovidos pelo Estado, como por exemplo, uma bomba enviada à sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), explosões de bancas de revistas e a frustrada tentativa de explodir uma bomba no show comemorativo ao Dia do Trabalho, no Riocentro, em 30 de abril.

Fernando Henrique Cardoso e Lula ficaram oito anos no poder (Foto: Divulgação)

Foi em 1984 que o movimento Diretas Já ganhou as ruas para pedir eleições populares. No entanto, com a derrota da Emenda Dante de Oliveira, que instituía as eleições diretas para presidente da República no país, Tancredo Neves foi o nome escolhido para representar uma coligação de partidos de oposição reunidos na Aliança Democrática. Somente em 1985 Neves conseguiu ser eleito, porém morre antes mesmo de tomar posse. Em seu lugar assume o vice-presidente José Sarney, atual presidente do Senado, que governou o país por cinco anos.

Somente em 1990 o país vê um presidente assumir sendo eleito pelo voto popular, mas a experiência não foi nada boa. Fernando Collor de Mello acabou renunciando para evitar o seu impeachment. Em seguida foi Fernando Henrique Cardoso o eleito, ficando no poder por oito anos, mesmo período de tempo que Lula, que conseguiu eleger uma representante do seu partido, Dilma Rousseff.

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