10 anos de 11 de Setembro: Veja o que mudou – Fotos e Vídeos

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11 de setembro de 2001: uma data marcada pelo luto e pela perplexidade. Esse é o mínimo que pode ser dito tendo em vista a ocasião: há dez anos os Estados Unidos sofreu o maior atentado terrorista de sua história. Mais do que os quase 3.000 mortos nos ataques, houve consequências mais duradouras. Houve outros mortos do quais talvez jamais será possível precisar com exatidão e  efeitos que não podem ser mensurados por meios concretos: medos, incertezas e acontecimentos, que exigirão reflexão a qualquer época.

O que aconteceu?

De acordo com informações do portal G1, na manhã de 11 de setembro de 2001, 19 terroristas da al-Qaeda – grupo extremista islâmico comandado por Osama Bin Laden – sequestraram quatro aviões em solo americano e usaram as aeronaves como mísseis.

Dois dos aviões foram lançados contra as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York; o terceiro avião foi jogado contra o prédio do Pentágono, Virginia; já o quarto avião acabou caindo em um terreno vazio após os passageiros terem lutado contra os sequestradores.

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Calcula-se que os atentados tenham deixado cerca 3.000 mortos, dos quais 41% ainda não puderam ser identificados.

Dez anos depois: o que mudou?

Como era de se esperar, as mudanças foram profundas, não apenas pelo ato em si, mas pela teia completa de atos estabelecidos após os atentados. As consequências tiveram dimensão equivalente a magnitude do ataque: abalou a confiança de cidadãos que se julgavam seguros, o poderio econômico de uma superpotência e trouxe longos conflitos militares.

– Guerra contra o terror fez economia americana sangrar.

A resposta do então presidente George W. Bush ,foi decretar guerra contra o terror: o primeiro da lista foi o regime Talibã, protetora da al-Qaeda de Bin Laden e que dominava cerca de 90% do território do Afeganistão. Em seguida, uma nova guerra, dessa vez uma invasão ao Iraque movida pela ideia de que haveria armas de destruição em massa em seu território.

O resultado? A queda de um governo não reconhecido e de um ditador tiveram seus custos, em vidas e em dólares.

Segundo reportagem exibida pelo Jornal Nacional, mais de seis mil militares de 20 países morreram nas duas guerras. Já entre civis, nove mil morreram no Afeganistão enquanto no Iraque as estimativas são mais cruéis: uma variação de 100 mil a 1 milhão de mortos.

Em território afegão a ocupação americana continua: ainda há mais de 100 mil soldados americanos lutando naquela que é considerada a mais longa guerra da história dos Estados Unidos. No Iraque o governo mantém soldados somente para treinamento de forças locais.

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Outra informação divulgada pelo portal G1 dá conta de que o ‘Institute for the Analysis of Global Security’ analisou que o custo dos atentados, em curto prazo, foi de aproximadamente 100 bilhões de dólares entre empregos perdidos, destruição, receitas fiscais agora inexistentes e trabalhos de limpeza. Um valor considerável, porém a guerra contra o terror foi muito mais onerosa.

Ainda segundo a matéria, o Instituto de Pesquisas das Relações Internacionais da Brown University calculou que os conflitos em resposta aos atentados custaram algo entre 3 trilhões e 200 bilhões de dólares a 4 trilhões de dólares, agravando assim sua crise econômica, e estabelecendo grande contraste com aquilo que os Estados Unidos representavam: uma superpotência mundial com finanças satisfatórias, perspectivas otimistas e sentimento de invencibilidade. Um cenário que hoje parece muito distante.

Menos liberdade em troca de mais segurança

Se antes a confiança da superpotência parecia inabalável, o medo tornou-se regra. Em entrevista ao G1 o pesquisador e autor do livro “The rights of people” (Os direitos do povo), David Shipler afirmou que a população norte-americana está vivendo um período no qual não se importam em abrir mão de partes de sua liberdade para evitar que novos atentados aconteçam. Tudo isso a ponto de especialistas considerarem que o país vivencia um cotidiano menos livre do que há 10 anos.

Islamofobia:

Uma reportagem especial do Jornal Nacional mostrou que a população muçulmana residente nos Estados Unidos sofre até hoje com as consequências dos ataques. Em 2009, o Instituto Gallup fez um levantamento envolvendo americanos de todas as crenças e descobriu que quatro em cada 10 pessoas nos Estados Unidos admitem ter algum preconceito contra mulçumanos. Este número equivale ao dobro, se o índice for comparado a outras religiões. Justamente em um país onde a liberdade religiosa sempre foi bastante propagada.

Marco Zero:

O Marco Zero, como é chamado o local onde ficavam as Torres Gêmeas do World Trade Center, receberá cinco novas torres, o memorial e museu nacional do 11 de setembro – em honra as 3.000 vítimas do atentados que será inaugurado no durante o décimo aniversário – uma praça e quedas d’água.

A primeira das torres em construção é mais alta que as Torres Gêmeas. Com 541 metros e 105 andares, – comparados aos 417 metros e 102 andares dos prédios atacados – a Freedom Tower, deve ser inaugurada em 2013.

A morte de Osama Bin Laden

O fundador do grupo extremista al-Qaeda e mentor dos atentados, o saudita Osama Bin Laden foi morto em operação militar realizada no Paquistão. A ação foi realizada por comando especializado da Marinha americana quando um grupo de agentes conseguiu entrar na fortaleza onde o terrorista se escondia com parte da família, localizada na cidade de Abbotabad, a cem quilômetros da capital Islamabad.

A identidade foi confirmada mediante reconhecimento facial e testes de DNA, assim como porta-vozes do grupo extremista confirmaram a morte de seu líder. Por fim seu corpo foi sepultado no mar, como medida para evitar que o local se tornasse um templo de peregrinação.

Sua morte gerou grande repercussão, entre comemorações e promessas de vingança. Com o décimo aniversário dos ataques que mudaram a história, os Estados Unidos se preocupam agora com a possibilidade de novas investidas do terrorismo.

As mudanças são irreversíveis e, ao que tudo indica seus efeitos e traumas ainda estão muito longe da superação.

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