USP criará banco de células-tronco para pesquisa de doenças crônicas

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O banco será formado a partir de amostras de sangue colhidas pelo Elsa.

Um grupo de pesquisadores desenvolverá na USP (Universidade de São Paulo) um banco de células-tronco, as quais serão induzidas para reproduzir a habilidade de constituir qualquer tecido do corpo. De acordo com a coordenadora do Lance (Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias), Lygia Vieira Pereira, as primeiras análises poderão começar a ser desenvolvidas em dois ou três anos. O sistema só deverá funcionar inteiramente em cerca de cinco anos.

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O banco será formado a partir de amostras de sangue colhidas pelo Elsa (Estado Longitudinal de Saúde do Adulto). O projeto do Ministério da Saúde vai avaliar, com entrevistas e exames clínicos, a saúde de 15 mil indivíduos durante 30 anos para examinar os fatores de risco de doenças crônicas.

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Além disso, também estarão disponíveis documentos clínicos referentes ao material. “Isso vai acabar servindo, em um futuro bem próximo, como uma população brasileira in vitro”, afirma Lygia. “Então, no caso de uma nova droga, antes dela ser lançada, tem que ser testada na população brasileira para ver se ela é tóxica. A gente poderia antes de ir para as pessoas, testar nas células, na população brasileira in vitro”, explica a pesquisadora.

Entre os empecilhos para a efetivação do projeto está a necessidade do aperfeiçoamento da técnica.

Outra utilização prevista pela especialista, é referente à própria análise de como se desenvolvem as doenças crônicas. “A gente pega os dados clínicos dessas pessoas e vemos quantas têm depressão. Será que a gente consegue enxergar isso nas células delas? A gente conseguiria prever que essas pessoas teriam depressão?”diz.

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Entre os empecilhos para a efetivação do projeto está a necessidade do aperfeiçoamento da técnica. “Isto é uma técnica que se você está pensando em fazer para poucas células é uma coisa tranquila, mas agora a gente tem que pensar em uma forma de fazer isso em um número grande de células. Então ai você tem que adaptar protocolos para trabalhar com um número grande de células”.

 

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