Após pesquisas realizadas na escola americana Harvard, concluíram que as mulheres que trabalham a noite possuem maior tendência em desenvolver diabetes mellitus do tipo 2.
O estudo foi realizado com cerca de 177 mil mulheres americanas, sendo todas subdivididas em dois grupos: um grupo daquelas que trabalhavam durante o dia e o segundo grupo com aquelas que trabalhavam durante a noite. Após verificação e análise dos dados, o resultado foi que as mulheres que trabalham a noite possuem 5% de chance maior de desenvolver o diabetes mellitus tipo 2, quando comparadas ao outro grupo de mulheres.
A ideia desse estudo surgiu após verificação de um aumento na incidência de diabetes mellitus tipo 2 nas mulheres que trabalham no período noturno. Os dados colhidos foram em torno de 60%, um número que chama muito a atenção dos especialistas que lidam com essa doença crônica.
No Brasil, por ser um país subdesenvolvido, a realidade não é muito diferente. Afinal, cerca de 15 milhões de brasileiros trabalham a noite. Estudos realizados também em nosso país já haviam alertado sobre o maior risco de doenças cardíacas, obesidade, depressão em pessoas que realizam o trabalho noturno ou possuem horários irregulares de trabalho.
O que é diabetes mellitus?
De um modo geral, o diabetes tipo 1 e tipo 2 possuem praticamente a mesma alteração, sendo assim, o que ocorre é a produção defeituosa da insulina, hormônio responsável em regular o açúcar no sangue. As diferenças essenciais entre um tipo e o outro são:
- Tipo 1:
- Ocorre por uma alteração genética ou idiopática (não se sabe a real origem). A destruição das células betas são responsáveis na produção da insulina. E, ainda, é mais comum que apareçam os sintomas durante a infância.
- Tipo 2:
- Nesse caso ocorre uma deficiência na produção de insulina ou resistência à esse hormônio. As causas são muito variadas, entre elas podemos citar endocrinopatias, infecções e doenças do pâncreas. Neste caso é mais comum ter as manifestações do diabetes durante a vida adulta.
O diabetes é uma doença crônica e muito grave, dependendo de acompanhamento médico rotineiro, pois se não controlada adequadamente podem ocorrer diversos problemas como cegueira ou até mesmo a morte por complicações.
Por que o trabalho noturno interfere?
O principal fator que gera o diabetes nessas pessoas é a desordem em relação ao sono. Nas pessoas que trabalham no período noturno, mesmo que durmam bastante durante o dia, o corpo acaba não realizando seu sono de forma adequada, em relação à qualidade. Assim, essa falta de qualidade no dormir altera o metabolismo de todo o corpo, gerando alterações em relação à síntese de insulina, levando ao diabetes mellitus tipo 2.
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