Tecnologia que garante visão parcial para cegos

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Os cegos possuem o difícil desafio de perceber o mundo sem o sentido da visão. A deficiência física faz com que eles tenham dificuldades para realizar atividades simples do dia-a-dia e também interfere na comunicação. Para superar as dificuldades provocadas pela cegueira, uma nova tecnologia foi desenvolvida com a promessa de recuperar parcialmente a visão dos cegos.

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A retina artificial recupera um pouco da visão perdida. (Foto:Divulgação)

Tecnologia a favor da visão

No dia 14 de fevereiro, a FDA, uma agência reguladora americana, aprovou o primeiro tratamento que garante visão parcial para cegos. O novo método envolve um dispositivo especial, conhecido como retina artificial.

A retina artificial se destaca como uma tecnologia biônica, capaz de suprir a deficiência visual grave. O dispositivo não recupera perfeitamente a função dos olhos, mas ajuda o indivíduo a perceber o mundo. Assim, o cego consegue detectar a presença de pessoas, movimentos, objetos, faixa de pedestre e até mesmo das letras grandes.

Com a aprovação da tecnologia de retina artificial, tudo indica que as pesquisas serão realizadas com mais ardor para aprimorar os dispositivos e alcançar grandes avanços.

O dispositivo é indicado principalmente aos pacientes que perderam a visão por causa da retinitis pigmentosa. (Foto:Divulgação)

A retina artificial, que foi aprovada nos Estados Unidos, pretende beneficiar principalmente as pessoas que perderam a visão por causa da retinitis pigmentosa, uma doença que afeta um em cada 4 mil americanos.

A retinitis pigmentosa é uma das doenças que degeneram a retina. Ela danifica as células que são sensíveis à luminosidade, fazendo com que a pessoa perca a capacidade de distinguir a luz da escuridão.

Na Europa, a retina artificial recebeu a aprovação das autoridades sanitárias em 2011. Desde então, o dispositivo foi implantado em mais de 50 pacientes.

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Como funciona o olho biônico?

O novo dispositivo, que conta com tecnologia de retina artificial, recebeu o nome comercial de Argus II Retinal Proshtesis System. O ‘olho biônico’ é capaz de transmitir as imagens de uma câmera instalada nos óculos a um conjunto de microelétrodos implantado na retina deficiente do cego. Através do nervo óptico, o sistema envia sinais elétricos e o cérebro interpreta a imagem.

Argus II Retinal Proshtesis System. (Foto:Divulgação)

O Argus II captura as imagens, que passam por um videoprocessador e são transformadas em desenhos, que combinam luz e sombra. O sistema não faz o cego enxergar perfeitamente, mas permite identificar contornos e limites de objetos.

A princípio, o dispositivo de retina artificial será disponibilizado em sete hospitais de Nova York, Califórnia, Texas, Maryland e Pensilvânia. O preço do Argus II é de US$150 mil, sem incluir cirurgia ou treinamento.

Veja também: Implante na retina poderá restaurar visão a cegos

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