Os supermercados vão sugerir que clientes que precisarem comprar sacolas ganhem um vale no mesmo valor da embalagem, que poderá ser abatido numa próxima compra. A estratégia procurar compensar o consumidor pela suspensão das sacolas plásticas gratuitas. As embalagens vão custar entre R$10 e R$ 20, valor que será reembolsado.
A estratégia vem em retorno ao Conselho Superior do Ministério Público que, na quarta-feira, definiu que os estabelecimentos deveriam desenvolver alternativas para compensar os clientes pela perda do benefício de receber embalagens gratuitas.
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Nesta quinta-feira, oito de dez supermercados visitados proporcionavam somente caixas de papelão aos clientes. A Associação Paulista de Supermercados (Apas) levará novas propostas nesta sexta-feira ao MP e ao Procon.
Entenda o caso
Na quarta-feira, o Conselho Superior do Ministério público não aceitou o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em fevereiro entre supermercados, Procon-SP e Ministério Público que previa a suspensão das embalagens nos estabelecimentos.
Para o Conselho, o Termo não garantia o “equilíbrio entre fornecedor e consumidor, no mercado de consumo, impondo só ao consumidor o ônus de ter de arcar com a proteção do ambiente, já que terá de pagar pela compra de sacolas reutilizáveis”.
Conforme relatório de recusa, nenhum ônus foi conferido ao fornecedor “a quem, muito pelo contrário, tem se utilizado da propaganda de protetor do ambiente diante da população”.
No ano passado, supermercados e governo firmaram acordo para diminuir a distribuição de sacolas. Desde abril, 1,1 milhão deixou de ser distribuído.
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“Caso a proposta não seja considerada adequada, os supermercados deverão oferecer uma alternativa não onerosa ao consumidor para o acondicionamento das compras“, disse em nota, o Procon-SP.
A proposta apresentada pela Associação deve ser analisada pelos órgãos nesta sexta-feira.
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