Superexposição na internet: como evitar

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De acordo com uma pesquisa desenvolvida em abril pela Nielsen, cerca 86% dos internautas brasileiros são adeptos de redes sociais e passam, em média, cinco horas por semana em páginas deste tipo.

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O uso das redes sociais, no entanto, solicita uma série de cuidados, os quais nem sempre tomados  pelos indivíduos. A etiqueta e as práticas sugeridas para o mundo virtual ainda não estão inteiramente consolidadas e vão se situando enquanto esse universo torna-se cada vez mais parte da vida das pessoas.

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Como evitar a superexposição

Muitos ainda não sabem da imensa diferença entre dizer, mostrar e apontar no mundo virtual e no mundo real. (Foto Divulgação)

A grande maioria ainda não reparou a imensa diferença entre dizer, mostrar e apontar no mundo virtual e no mundo real. “Não posso dizer qual o nível adequado de exposição. Alguns acham que nós brasileiros nos expomos muito na praia, com roupas de banho pequenas, mas isso é um referencial cultural. A questão é que as pessoas ainda não se deram conta de que um comportamento fora da internet é testemunhado por uma ou algumas pessoas e desaparece. Na internet, fica registrado para sempre.” Marcelo Coutinho, professor da FGV-EAESP e especialista em redes sociais.

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Essa, na visão do profissional é uma questão fundamental. Muitas pessoas ainda não se deram conta que, qualquer ação na internet deixa um rastro passível de ser armazenado.  “Isso altera a importância social do material publicado”, afirma Marcelo.

Uma das dicas é não aceitar convite de amizade de indivíduos desconhecidos. (Foto Divulgação)

“O indivíduo se sente confortável para dizer o que pensa ou passar informações pessoais nas redes sociais porque pensa estar entre amigos. Mas nem sempre é essa a realidade”, avalia Marinês Gomes, coordenadora do Movimento Internet Segura e Gerente de Segurança da Microsoft Brasil.

Riscos

Alguns riscos são claros: há criminosos na web  tal como no mundo real. Para isso não publique nenhuma informação na rede que você não escreveria em uma carta e colocaria para qualquer pessoa ver. “Essa é uma boa referência que as pessoas devem ter quando vão publicar alguma coisa. O nível de exposição é semelhante.”

Outra dica claramente básica, mas que muitos não seguem à risca, é não aceitar convite de amizade de indivíduos desconhecidos, mesmo que eles sejam amigos de amigos. “Prefiro receber uma reclamação de alguém que tentou se conectar comigo sem sucesso do que aceitar desconhecidos. Se for o caso, eu peço desculpas e adiciono a pessoa depois”, afirma Marinês, sobre sua postura no Facebook.

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Muitas pessoas ainda não se deram conta que, qualquer ação na internet deixa um rastro passível de ser armazenado. (Foto Divulgação)

A coordenadora de segurança da Microsoft recomenda ainda a não publicação de fotos e informações que permitam a identificação dos lugares visitados com frequência.

“Essa é talvez a primeira geração que vai viver a experiência de ver todas as loucuras do colégio e faculdade registradas para sempre em um espaço razoavelmente acessível. Isso é um problema, inclusive em termos de fotografia. Imagine altos executivos perseguidos por uma foto de certo porre, em um desses jogos universitários, divulgada na adolescência.”

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Por estes e outros motivos, empresas de segurança trabalham para conscientizar crianças e adolescentes sobre a privacidade e o cuidado adequado com a publicação de informações na web, diz a coordenadora.

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