Saiba de quem é a voz do Google Tradutor

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(Foto: Laura Brentano/G1)

Regina Bittar é o nome da mulher possuidora da voz que ouvimos com frequência no Google Tradutor. Com 49 anos de idade, casada e mãe de dois filhos, Regina é uma locutora de sucesso que hoje atua também em diversos comerciais de TV. Sua pronúncia em português com tom robótico no site de tradução Google Tradutor fez com que muitos se interessassem pela voz, a achassem engraçada e, por fim, a utilizasse para fazer trotes e piadas.

É muito comum encontrarmos vídeos no YouTube de brincadeiras com a voz da locutora.  “Eu não acho estranho a minha voz estar em várias brincadeiras do YouTube porque aquilo é uma máquina. Para mim, é a voz do Google, não sou eu”, comentou ela sobre o episódio dos trotes.

Regina não contou detalhadamente como foi o processo de seleção do Google, pois não pode. “O que posso falar é que participei de uma seleção com uma fonoaudióloga e comecei as gravações no início de 2009”. Ela ficou sabendo das brincadeiras que o ‘pessoal’ anda fazendo há quatro meses atrás, quando uma amiga, também locutora, contou. “Ela me disse: ‘Regina, olha o que estão fazendo com a sua voz’. Mas eu não levo para o lado pessoal. Eu acho que quem faz a brincadeira tem muito mais autoria do que eu”.

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Para Regina o brasileiro é brincalhão e essa fase deve ser passageira, logo o povo deve encontrar outros meios de fazer piadas. “O brasileiro faz piada de tudo. Amanhã já tem algo novo na internet”, comentou. Seu trabalho no Google Tradutor ainda soa estranho para ela. “Na primeira vez que usei a ferramenta, eu ria sozinha. Apesar dos anos, ainda tomo sustos. Até hoje me impressiono com o que fiz”.

Além de ter trabalhado para sistema, ela é grande consumidora do mesmo, pois, muitas vezes encontra dificuldades em saber como se fala determinadas palavras e expressões. “Um dia fui gravar um institucional e tinha o termo ‘absenteísmo’. Por não saber como se falava, consultei a ‘voz do Google’ e deu certo”.

A locutora também já trabalhou como apresentadora da assistente virtual lançada pela Gradiente, a “Mediz”, no qual os usuários ligavam para o portal e eram atendidos por vários locutores de plantão que davam notícias sobre o tempo e trânsito, todos com a voz de Regina.

Segundo ela é necessário entender os diferentes tons da voz para realizar diferentes trabalhos. “Há diferenças de linguagem para cada veículo. O rádio, por exemplo, é áudio puro, sem imagens, por isso a interpretação é mais acentuada”, exemplifica ela. Ela também afirma que a voz eletrônica não pode ser muito rápida, nem coloquial.

“A voz é a mesma, o que muda é o tom. Na minha opinião, o locutor é como o vinho, vai ficando cada vez melhor. Com o tempo, você aprende a usar o seu ‘instrumento’”.

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