Repsol diz que desapropriação é forma de disfarçar a crise na Argentina

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Cristina despachou na segunda-feira ao Congresso um projeto de lei para declarar 51% da YPF de serventia pública.

A direção de Cristina Kirchner resolveu desapropriar parte petroleira YPF no país, subsidiária da espanhola Repsol para “tapar a crise social e econômica que o país enfrenta”, disse o presidente da companhia, o espanhol Antonio Brufau.

“A expropriação é apenas uma forma de tapar a crise social e econômica que a Argentina está enfrentando”, afirmou Brufau numa coletiva em Madri. “Ao levantar a bandeira da expropriação e buscar um responsável na YPF esconde a realidade”, completou.

Segundo Brufau o governo argentino entrou  nas instalações da Repsol YPF “sob o amparo de uma lei de Videla”, em uma referência ao ex-ditador Jorge Videla. “Esta atuação não é própria de um país moderno. O povo deste país merece outra coisa. Estes atos não ficarão impunes”, disse Brufau.

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Na manhã desta terça-feira (17), as ações da Repsol desabavam 7,04% a 16,30 euros, e conduziam as quedas na Bolsa de Valores de Madri, Espanha. Os títulos da Repsol encerraram a sessão de ontem a 17,48 euros, em linha com o encerramento da última sexta (+0,06%).

A companhia espanhola avaliou sua participação de 57,4% na YPF em US$ 10 bilhões. Segundo Brufau a campanha contra a corporação nas últimas semanas na Argentina foi “calculadamente planejada para provocar a queda da ação da YPF e facilitar a expropriação” com valor reduzido.

A administração argentina acusou a companhia de não exercer os acordos de investimentos no país.  Cristina despachou na segunda-feira ao Congresso um projeto de lei para declarar 51% da YPF de serventia pública.

O ministério de Assuntos Exteriores espanhol convidou nesta terça-feira o embaixador argentino em Madri, Carlos Bettini, após a deliberação do governo de Cristina Kirchner. Este é o segundo convite para Bettini em quatro dias.

 

 

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