Repositores de nicotina não são mais eficientes que tentar parar de fumar sozinho

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Imagem: (Foto Divulgação)

Na difícil empreitada de largar o cigarro, o uso de terapias de repositores de nicotina não é mais eficiente do que tentar largar o vício por conta própria. É o que revela um estudo conduzido por especialistas da Escola de Saúde Pública de Harvard e pela Universidade de Massachusetts, em Boston, nos Estados Unidos. A pesquisa, recentemente divulgada na revista Tobacco Control, não revelou os melhoramentos a longo prazo em produtos como gomas de mascar ou adesivos de hormônio.

“Esse estudo mostra a necessidade de órgãos como o Food and Drug Administration (FDA), responsáveis pela regulamentação de medicamentos que ajudam a parar de fumar, aprovarem apenas produtos que tenham demonstrado eficácia a longo prazo. Além disso, também é um alerta para que exijam a redução da nicotina nos cigarros, a fim de fazer com que a dependência da substância diminua”, disse Gregory Connolly, diretor do Centro para o Controle Global da Tabaco da HSPH e um dos autores da pesquisa.

Pesquisa

Foram entrevistados 787 pessoas que, foram interrogadas em três momentos distintos e, entre os anos 2001 e 2006. Na ocasião haviam parado de fumar recentemente. Entre as diversas questões realizadas aos participantes, a principal foi se eles se realizavam  algum tipo terapia de reposição de nicotina. Em caso afirmativo, era questionado o período e o tempo pelo qual usaram o produto sucessivamente. Os especialistas ainda questionaram se eles participavam de algum programa de ajuda ou se recebiam acompanhamento profissional.

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Em cada momento no quais os voluntários foram interrogados, quase um terço relatou ter tido uma recaída. Os pesquisadores não notaram nenhuma alteração na porcentagem de recaída entre aqueles que realizaram a reposição de nicotina por pelo menos seis semanas consecutivas com ou sem acompanhamento profissional. E mais, aqueles que realizam terapia não tiveram maiores porcentagens de sucesso na hora de largar o vício, tanto em relação a fumantes leves quanto aos fumantes mais intensos.

A análise teve um papel importante, pois, advertiu que embora outros estudos tenham encontrado benefícios no uso de terapias de reposição de nicotina, elas não são mais eficazes a longo prazo do que tentar parar de fumar por conta própria. Segundo o pesquisador,  as novas análises advertem a importância de mais pesquisa empíricas sobre o impacto desses produtos quando utilizados pela população em geral.

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