Quadro Anjo da Guarda com Patrícia Poeta – Fantástico

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Patrícia Poeta

Há um ano, a jornalista Patrícia Poeta teve a tarefa de substituir Glória Maria na apresentação do “Fantástico”, um dos principais programas da Globo.

Agora, em 2009, para comemorar um ano no comando do programa, Poeta estréia em 4 de janeiro um novo quadro no “Fantástico”, chamado “Anjo da Guarda” e que foi criado pela própria jornalista.

“Minha idéia era fazer algo que misturasse jornalismo e dramaturgia, se possível com linguagem de cinema. É um quadro que vai revelar algumas histórias de ídolos dos brasileiros”, explica Poeta em entrevista por e-mail à Folha Online.

“A curiosidade está no fato de o narrador ser aquela pessoa que é o ‘anjo da guarda’ destes ídolos. Ou seja, sabe muita coisa sobre a vida deles. As histórias mais interessantes serão reconstituídas com dramaturgia”, continuou.

Na entrevista, a jornalista também falou sobre como foi substituir Glória Maria, a entrevista mais difícil que ela realizou no programa e se a beleza atrapalha na profissão.

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Folha Online – Qual foi o maior desafio de apresentar o “Fantástico” com a saída de Gloria Maria? Sentiu muita pressão por parte da Globo e do público?

Patrícia Poeta – Como repórter, sempre gostei muito de trabalhar para o “Fantástico” por causa do espaço que o programa dá para novas idéias, novos formatos. Mas não esperava apresentar o programa. Quando veio o convite me lembrei de quantos domingos eu vi minha família assistindo ao “Fantástico” enquanto eu brincava com minhas bonecas espalhadas pela sala. A pressão que existe vem da responsabilidade, da importância que o programa tem para uma parcela tão grande do público. O desafio tem sido ocupar o espaço do meu jeito, com minhas idéias e histórias que quero contar. Estou me divertindo bastante.

Folha Online – Como o seu estilo difere do de Glória Maria? Qual foi a sua principal contribuição para o programa?

Patrícia Poeta – Como é que a gente vai comparar estilos? A Glória construiu o caminho dela na televisão ao longo dos anos e este patrimônio é único. Eu estou seguindo o meu caminho, tentando fazer as coisas do jeito que eu acho que devem ser feitas. Mas não se confunda: televisão é trabalho de equipe. Para fazer diferença é preciso ter a cumplicidade dos colegas em torno da sua idéia.

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Folha Online – O “Fantástico” é um programa antigo na TV. Que tipo de inovações é preciso fazer para manter ou até aumentar a audiência de um programa tão conhecido do público? Há muita cobrança?

Patrícia Poeta – Quem assiste ao “Fantástico” sabe que nunca há dois programas iguais. Acho que este é o grande mérito do programa e da equipe. O programa não tem medo de se reinventar, de testar, de experimentar. Acho isso incrível num programa que está há 35 anos no ar e sempre foi líder. O “Fantástico” mostra que o time que ganha é o que se mexe… (risos).

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Folha Online – Recentemente, você visitou um abrigo em Santa Catarina, em uma região atingida pelas chuvas. Como foi a experiência? Qual o maior desafio em fazer uma matéria dessas?

Patrícia Poeta – Eu estava gravando uma entrevista para o meu novo quadro, em Porto Alegre, e pintou o chamado para ir para Santa Catarina. Embarquei na hora. Foi doído, triste. É muita perda ao mesmo tempo. Quem acompanha à distância vê a perda material, a geladeira que estragou, a casa coberta de lama. Só que é muito pior do que isso. Muita gente morreu. Famílias de dez ou 12 pessoas foram reduzidas a uma ou duas. Há ainda a perda total das histórias de pessoas e famílias. Sabe o que é, de uma hora para outra, você não ter mais uma fotografia dos seus filhos ou dos seus pais que já morreram? A lama leva tudo… Procurei mostrar também esta dimensão na minha reportagem.

Folha Online – Qual foi a matéria que você gostou de fazer para o “Fantástico”?

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Patrícia Poeta – Para mim, matéria é que nem filho… Não tem a mais querida…

Folha Online – Qual foi a entrevista mais difícil que você fez para o programa?

Patrícia Poeta – A da Ana Carolina, mãe da Isabella Nardoni. Ela estava enfrentando uma situação que a maioria de nós não consegue nem imaginar. E era bem na semana do Dia das Mães.

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Folha Online – Quem você gostaria de entrevistar e ainda não entrevistou?

Patrícia Poeta – Estou num processo de convencimento de duas pessoas que queria muito entrevistar e que acho que têm muito o que falar. Uma delas já faz um ano. Outra quase oito meses. Não desisto nunca. Vai chegar a hora. Mas não digo quem são nem sob tortura… (risos).

Folha Online – Você é considerada uma mulher bonita e chegou até a participar de concursos de beleza. A beleza atrapalha na profissão?

Patrícia Poeta – Eu estaria mentindo se dissesse que beleza não ajuda em televisão. Mas pode ter certeza que só beleza não resolve nada. Se não tiver contribuição a dar, cai no vazio….

Folha Online – O guarda-roupa usado por você no “Fantástico” também faz muito sucesso. Como você avalia essa repercussão?

Patrícia Poeta – Estou curtindo muito isso. Os e-mails e telefonemas que chegam são animadores, de mulheres que trabalham e não abrem mão de estar bonitas, bem vestidas. Para mim, o mais legal é que no centro das atenções estão os vestidos. Eu praticamente só uso vestidos na apresentação do programa e nas reportagens que faço. Gosto muito de usar saias e vestidos e fiquei traumatizada com todos aqueles terninhos da época de moça do tempo. Agora, é a vingança do vestido… (risos). Acho que estou dando minha contribuição para resgatar o vestido como “roupa de jornalista” (risos).

Fonte: Folha Online

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