Pesquisadores criam método para ‘ler’ pensamentos

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Imagem: (Foto Divulgação)

Pesquisadores desenvolveram um procedimento para desvendar palavras nas quais as pessoas pensam, com fundamento em suas ondas cerebrais. O estudo, divulgado na revista científica PLoS Biology, se fundamenta nos sinais elétricos nos cérebros de pacientes que ouviam diversas palavras. Posteriormente, um computador foi capaz de restaurar os sons nos quais os pacientes estavam pensando.

De acordo com os especialistas, o procedimento pode ser empregado futuramente para auxiliar pacientes em coma ou com síndrome de encarceramento a se comunicar.

Sons e imagens

Pesquisas atuais vêm aprimorando métodos de “ler” pensamentos. Em 2011, pesquisadores da Universidade da Califórnia, desenvolveram um método de associar os padrões de fluxo no cérebro de certas figuras nas quais pacientes estavam pensando. Atualmente, os especialistas realizam um estudo, onde é aplicado os princípios semelhantes aos sons.

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Pesquisa

Os especialistas monitoraram as ondas cerebrais de 15 participantes selecionados para cirurgia devido a epilepsia ou tumores, enquanto diversos auto-falantes reproduziam gravações contendo palavras e frases. Eles utilizaram então uma ferramenta para marcar quais regiões do cérebro reagiam, e de que modo, quando a pessoa escutava diversas frequências sonoras.

Em seguida, os pacientes receberam uma lista de palavras e selecionaram uma na qual deveriam pensar. Com o auxilio do programa, os pesquisadores conseguiram desvendar que palavra tinha sido selecionada. E mais, eles conseguiram ainda reformular algumas delas, convertendo as ondas cerebrais em som novamente, com apoio nas interpretações realizadas pelo computador.

“Este trabalho tem uma natureza dupla: a primeira é a ciência básica de entender como o cérebro funciona. A outra, do ponto de vista protético. Pessoas que têm problemas de fala poderiam usar um aparelho protético, quando elas não conseguem falar, mas conseguem pensar no que  querem dizer”, explicou um dos autores do estudo Robert Knight.

“Os pacientes estão nos dando estas informações, então seria bom podermos dar alguma coisa em troca no fim.” Os pesquisadores comentam, todavia, que a ideia de “leitura de pensamento” ainda precisa ser aprimorada para que os aparelhos do tipo se tornem realidade.

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