Paramédicos testemunham no 4º dia de julgamento do caso Michael Jackson

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O quarto e último dia (30) da primeira semana do julgamento do médico particular de Michael Jackson, Conrad Murray, contou com depoimentos da equipe de paramédicos e da médica que atendeu o astro no hospital.

O primeiro da equipe de paramédicos a depor foi Richard Senneff, que participou do socorro na mansão do astro no dia 25 de junho de 2009. Segundo ele, caso o médico, tivesse pedido ajuda logo ao ver o astro inconsciente, o cantor poderia ter sido salvo. A ligação para emergência foi feita cerca de 20 minutos depois que Michael fora encontrado sem reação na sua cama pelo médico. Senneff afirmou também que o Murray mentiu ao afirmar que chamou a ambulância logo ao perceber o estado de Michael e que em momento algum citou que o astro tinha problema de saúde ou fazia uso de remédio, como o caso do propofol, anestésico ao qual a defesa alega que Michael era viciado.

Outro importante depoimento foi o do paramédico Martin Blount. Ele afirmou ter visto o médico Conrad Murray colocar frascos de Lidocaína (substância usada para tratamentos de arritmias cardíacas e dores locais) dentro de uma bolsa. Quando a equipe chegou Murray disse que Michael havia desmaiado um minuto antes da chegada, segundo Blount.

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A médica Richelle Cooper, responsável por chefiar a equipe que atendeu Michael Jackson no hospital no dia de sua morte, afirmou que o músico chegou já sem vida. Durante o depoimento ela contou que teve uma conversa com o médico particular de Jackson, que persistia em dizer que o “Rei do Pop” não tinha nenhum problema de saúde, afirmando que ele estava apenas desidratado e muito cansado. Conrad Murray teria dito também que Michael havia tomado apenas Lorazepan, um remédio para dormir. Porém, depois um pouco mais de insistência pela médica, Murray acrescentou que teria administrado também Flomax, um remédio para aumento de próstata, e Valium, um tranquilizante. Não mencionando em momento algum o analgésico propofol, que causou overdose e levou cantor à morte.

A promotoria afirmou que o médico Conrad Murray ficou ao telefone com outro paciente logo depois de administrar medicamentos em Michael, reforçando a ideia de que sua atitude tenha sido negligente.

Também deram seus depoimentos um especialista em equipamento médico, Robert William, e um ex-paciente de Murray, Robert Russell.  O primeiro relatou em seu depoimento que o equipamento de monitoramento cardiorrespiratório que Michael usava não era indicado para um monitoramento constante. O ex-paciente do Murray elogiou em seu depoimento o serviço do médico, acrescentando o quanto ele foi atencioso durante todo o tratamento.

O julgamento de Conrad Murray, acusado de homicídio culposo, começou na terça-feira (27) na Corte de Los Angeles e terá continuidade na próxima segunda-feira (3). Caso seja condenado poderá ser sentenciado a quatro anos de prisão. Estima-se que o júri possa durar ainda cerca de um mês.

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