Oscar Niemeyer: Biografia

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O país conseguiu seu posto na história da arquitetura mundial graças a Oscar Niemeyer Ribeiro Soares Filho, cujos projetos estão presentes não só no Brasil, mas também nos França, Estados Unidos, Alemanha, Itália, Argélia e Israel, entre outros locais do planeta. A maioria dos arquitetos acredita que esse profissional é um desenhista extraordinário. Para completar suas construções se associou a grandes artistas, como Bruno Giorgi, Cândido Portinari, Burle Marx, Alfredo Ceschiatti, e Tomie Othake.

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Oscar Niemeyer fará 105 anos no dia 15 de dezembro (Foto: Divulgação)

Como começou profissionalmente: biografia Oscar Niemeyer

Niemeyer fez sua matrícula na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro em 1929. Sendo que conquistou seu diploma de engenheiro arquiteto em 1934. Dois anos depois de sua formação já trabalhava no escritório de Lúcio Costa, fazendo parte da equipe que projetou o prédio do Ministério da Educação, um marco da arquitetura nacional.

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Filho de Oscar de Niemeyer Soares e Delfina Ribeiro de Almeida, o arquiteto nasceu no bairro de Laranjeiras, na Rua Passos Manuel, que hoje tem a nomenclatura de seu avô, Ribeiro de Almeida, que foi ministro do Supremo Tribunal Federal. Em 1928, aos 21 anos, casou-se com Anita Baldo, que na época tinha 18 anos e era filha de imigrantes italianos da província de Pádua. O casal teve somente uma filha, Anna Maria Niemeyer, que deu ao arquiteto cinco netos, treze bisnetos e quatro trinetos. Anna morreu no dia 6 de junho de 2012, aos 82 anos.

História de Oscar Niemeyer: Le Corbusier e Juscelino

Por meio de Lúcio Costa, conheceu o arquiteto franco-suíço Le Corbusier, que foi uma influência definitiva na sua vida e com quem teria oportunidade de colaborar. Também com Lúcio Costa, viajou para Nova York em 1939 para projetar o Pavilhão do Brasil na Feira Mundial que acontecia naquela cidade. No ano seguinte, o então prefeito de Belo Horizonte Juscelino Kubitschek foi apresentado a Oscar Niemeyer que o convidou para projetar o Conjunto da Pampulha, que se tornaria uma das suas obras favoritas.

Profissionalmente Niemeyer é uma referência (Foto: Divulgação)

Oscar Niemeyer na política

O arquiteto ingressou no Partido Comunista Brasileiro em 1945 e essa opção política veio a lhe criar diversos problemas. Em 1946 Oscar Niemeyer foi convidado a dar um curso na Universidade de Yale nos Estados Unidos, no entanto, não pôde entrar no país. Mas, em 1947, ganhou por unanimidade o concurso para a construção da sede da Organização das Nações Unidas em Nova York e conquistou o visto de entrada para desenvolver seu projeto. No começo, na década de 1950 projetou o Edifício Copan e o parque do Ibirapuera, que se tornariam cartões-postais da cidade de São Paulo. Também viajou pela primeira vez à Europa, participando do projeto para a reconstrução de Berlim.

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A construção de obras no Planalto Central: biografia Niemeyer

Juscelino Kubitschek tornou-se presidente da república em 1º de janeiro de 1956. E teve entre outros projetos, construir uma nova capital no planalto Central do Brasil e encarregou Niemeyer de organizar o concurso para a escolha do plano-piloto de Brasília, vencido por Lúcio Costa. Essa seria uma fase importante da vida de Oscar Niemeyer.

O arquiteto brilhante projetou em poucos meses o Palácio do Planalto, o Palácio da Alvorada, o Congresso Nacional, a Catedral, os prédios dos Ministérios, além de edifícios residenciais e comerciais da nova capital, inaugurada em 21 de abril de 1960, embora as comemoração tivessem começado na véspera.

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No início dos anos 60, Oscar Niemeyer foi nomeado coordenador da Escola de Arquitetura da recém-fundada UnB (Universidade de Brasília). Em 1964, foi surpreendido em Israel pela notícia do golpe militar de 31 de março no Brasil. Ao voltar para o Brasil, em novembro, foi chamado a depor nas DOPS  (Departamento de Ordem Política e Social), um dos principais órgãos de repressão política da ditadura militar.

Oscar Niemeyer é um dos melhores arquitetos do mundo (Foto: Divulgação)

Exílio político de Oscar Niemeyer

Oscar Niemeyer, em 1965, com outros 200 professores saiu da UnB em protesto contra a nova política universitária do governo, parando de dar aulas nessa instituição. Praticamente impedido de trabalhar no país, o arquiteto foi morar em Paris, onde projetou a sede do Partido Comunista Francês. Além de projetos na Argélia (Universidade de Constantine, Mesquita de Argel) e na Itália (sede da Editora Mondadori), acompanhou exposição sobre sua obra na Europa.

No começo da década de 1980, com o enfraquecimento e queda da ditadura militar, Oscar Niemeyer voltou ao Brasil. E também em 1980, projetou o Memorial Juscelino Kubitschek em Brasília. Em 1984, sob o governo de Leonel Brizola, no estado carioca, projetou o Sambódromo. E três anos depois, fez o Memorial da América Latina em São Paulo.

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Oscar Niemeyer: generosidade em pessoa

Parte essencial da biografia de Oscar Niemeyer deve-se a sua generosidade e coragem. Enfrentou governos e lideranças politicas para ir em direção as suas ideias. No campo pessoal, colaborou com o líder comunista Luís Carlos Prestes, que não tinha renda própria na velhice. Vale lembrar que ambos se desligaram do Partido Comunista Brasileiro em 1990, por discordar dos rumos que a agremiação tomava. Mais recentemente, Oscar Niemeyer projetou uma casa para seu motorista particular, para ser construída na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro.

 

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