Obesidade na infância antecipa problemas na fase adulta

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Imgem: (Foto Divulgação)

Apesar de os quilinhos extras não serem sinônimo de saúde, muitos pais ainda possuem dificuldade em admitir o contrário.  “E como são os adultos que controlam a alimentação dos pequenos, principalmente nesta fase em que a obesidade mais cresce em nosso país, não é difícil identificar quem está errando nesta história”, alerta o endocrinopediatra Eurico Mendonça, do Hospital Infantil Sabará.

Segundo especialistas, é comum os pais não notarem os quilos a mais nas crianças, mas é fato que a abundância de guloseimas calóricas e o dia-a-dia sedentário levam a um progressivo aumento da obesidade em jovens. “Esses jovens com sobrepeso ou obesos são pequenas bombas-relógios para as temidas doenças cardiovasculares. Desde a infância podem apresentar os fatores de risco para as doenças cardiovasculares do adulto, como colesterol elevado, diabetes tipo 2 e hipertensão arterial”, afirma.

As informações alarmantes foram publicadas pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo, fundamentadas em levantamentos realizado pelo IBGE. Enquanto o sobrepeso atinge 34% dos garotos e 32% das garotas entre 5 e 9 anos, a obesidade foi verificada entre 16% dos garotos e entre 11% das garotas.

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Como as crianças ainda acompanham o exemplo dos adultos, os pais devem seguir uma dieta mais saudável. “Refeições em família, preparo da comida com a ajuda das crianças e mudança de hábitos envolvendo os moradores de uma mesma casa costumam ser eficazes na guerra contra a balança ainda na infância. Além disso, é preciso estimular a atividade física desde cedo e combater o sedentarismo, incentivando mais brincadeiras ao ar livre e jogos em grupo”, recomenda Mendonça.

De acordo com o especialista, outra falha é sobrepor uma alimentação limitativa às crianças e abusar de alimentos lights. A alimentação deve ser saudável, rica em vitaminas, proteínas e fibras. “Como estão em fase de desenvolvimento, todos os grupos alimentares (1:carboidratos, 2:verduras e legumes, 3:frutas, 4: carnes, ovos e grãos, 5: laticínios e 6: Lipídios ) devem fazer parte da dieta. As porções e as quantidades desses alimentos é que são controladas. É aplicar o bom senso”, reitera.

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