Mortalidade materna caiu 47% nos últimos 20 anos

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A pesquisa destaca que a cada dois minutos, uma mulher falece, isso devido a problemas associados ao parto ou a gravidez.

O número de mulheres que falecem ao longo da gravidez ou por complicações durante o parto apresentou uma queda nos últimos 20 anos, de acordo com uma pesquisa realizada pelas Nações Unidas,  divulgada nesta quarta-feira. Sob o nome de “Tendências da mortalidade materna”, a ONU concluiu que houve 543 mil mortes deste tipo em 1990, indicador que caiu para 278 mil em 2010, uma queda de 47%.

“O número de mulheres que morrem segue diminuindo, mas não podemos parar. Nosso trabalho deve continuar para que cada gravidez seja desejada e cada parto seja seguro”, disse o diretor-executivo do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Babatunde Osotimehin.

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Apesar desse importante progresso, diversos países, particularmente situados na África Subsaariana, não desempenharão com a meta acordada nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que contempla a redução da mortalidade materna em 75% até 2015.

De acordo com o estudo, a taxa mundial de mortalidade materna em 2010 chegou a 210 mortes por cada 100 mil nascimentos, enquanto esses países da África observaram 500 óbitos, o número mais alto do mundo.

Na África Subsaariana, a chance de uma mulher morrer durante a gravidez ou por complicações no parto é de 1 em 39, enquanto no sudeste asiático é de 1 em 290 e nos países desenvolvidos é de 1 em 3.800″, indica o relatório.

A pesquisa aponta que 99% das mortes observadas em 2010 ocorreram em países em desenvolvimento, sendo um terço de todas elas em somente dois países: Índia, com 56 mil e Nigéria com 40 mil.

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A taxa mundial de mortalidade materna em 2010 chegou a 210 mortes por cada 100 mil nascimentos.

O ranking dos países com os índices mais elevados de mortalidade materna, sob os indicadores de 2010, é completada por República Democrática do Congo (15 mil), Paquistão (12 mil), Sudão (10 mil), Indonésia (9,6 mil), Etiópia (9 mil), Tanzânia (8,5 mil), Bangladesh (7,2 mil) e Afeganistão (6,4 mil).

O estudo destaca, entretanto, que dez países conseguiram nos últimos anos cumprir com essa meta dos ODM, ao diminuir o índice em 75%: Estônia, Romênia, Belarus, Guiné Equatorial, Irã, Maldivas, Nepal, Lituânia, Vietnã e Butão.

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A pesquisa assegura que a cada dois minutos, uma mulher falece, isso devido a problemas associados ao parto ou a gravidez, e que as principais implicações de falecimentos são: pressão alta ao longo da gravidez, infecções,  aborto em condições graves e hemorragia após o parto.

“Sabemos exatamente o que é preciso fazer para prevenir mais mortes deste tipo: melhorar o acesso ao planejamento familiar voluntário, investir em parteiras e garantir o acesso a cuidados obstetrícios de emergência quando aparecerem as complicações”, avaliou Osotimehin.

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