A terceira etapa do programa para reduzir o consumo de sódio pelos brasileiros foi anunciada pelo Ministério da Saúde. Desta vez, o documento institui metas nacionais para diminuir a quantidade de sódio presente nos alimentos, sobretudo os processados. O teor da substância que faz mal a saúde será reduzido em temperos, caldos, cereais e margarinas vegetais.
O anúncio da nova fase do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis teve o seu anúncio oficial na última terça-feira (28). O documento recebeu a assinatura do ministro Alexandre Padilha e de Edmundo Klotz, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação.
Acordo propõe redução na quantidade de sódio
O acordo feito pelo Ministério da Saúde com a Abia propõe a retirada de 8,8 mil toneladas de sódio dos alimentos selecionados até 2020. Para reforçar a proposta, o governo brasileiro também estabeleceu convênio com grandes nomes da indústria alimentícia no país, ou seja, Nestlé, Bunge e Unilever.
O documento mostra que a maior meta nesta etapa do plano consiste em reduzir a quantidade de sódio presente na margarina vegetal, a estimativa é que a cada ano o teor diminua 19%. Atualmente o produto pode possuir no máximo 1.660 miligramas de sódio a cada 100 gramas, mas até o próximo ano é esperado que a quantidade caia para 1.089 mg. No caso dos temperos em pastas, a redução prevista para o sódio é de 6,5% ao ano.
Na primeira etapa do acordo, lançado em agosto de 2011, o Ministério da Saúde pediu que o teor de sódio em alguns alimentos fosse reduzido e adotou um cronograma para o cumprimento da medida. De acordo com o documento, o macarrão instantâneo, pão de forma, as bisnagas, o pão francês, a batata frita, o salgadinho de milho, o bolo pronto, a mistura para bolos, os biscoitos e a maionese deveriam apresentar menores quantidades de sódio.
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Segundo o Ministro Padilha, o termo tem como objetivo oferecer alimentos mais saudáveis para os brasileiros, tanto no ambiente familiar como no trabalho. Ele afirmou ainda que o Brasil está antecipando uma postura que a OMS (Organização Mundial de Saúde) pretende tomar com relação ao consumo de sódio.
A indústria de alimentos está empenhada para se adequar a medida, de acordo com o presidente da Abia. Em 2011, foram investidos 12,1 bilhões para promover a redução de sódio nos alimentos e as embalagens de alguns produtos alimentícios já constam com a informação “menos sal”.
O acordo assinado recentemente será monitorado a partir de 2013.
O sódio e a saúde
O sódio é essencial para o bom funcionamento cardíaco, mas quando em excesso, pode oferecer riscos a saúde. Pessoas que consomem muito sal podem desenvolver problemas como hipertensão, pedras nos rins, catarata e acidente vascular cerebral.
A quantidade de sódio recomendada para o consumo diário é de 2,4 g (2.400 mg). Entretanto, nem sempre as pessoas conseguem ter o controle do teor da substância, pois ela é um ingrediente dos alimentos industrializados. Por isso o governo propôs um acordo com as empresas voltadas para o setor alimentício.
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