Mercado de animação está em alta no Brasil

PUBLICIDADE
No Brasil, normalmente, é a publicidade que mais emprega recursos de animação.

Atualmente com o incremento das técnicas de 2D, 3D e Stop Motion, as oportunidades no ramo de animação, não param de crescer.  “Eu arrisco dizer que estamos vivendo a melhor época da história da animação no país”, afirma Mauricio Mazza, coordenador do curso de Design de Animação da Universidade Anhembi Morumbi.

No Brasil, normalmente, é a publicidade que mais emprega recursos de animação. Entretanto, como área é bastante ampla, desenhos animados, videogames, séries televisivas, longas e curta-metragens estão cada vez mais aderindo à esta técnica.  “Podemos nos referir à animação como a técnica para sugerir a ilusão do movimento”, explica Mazza.

Especialistas na área contam que as atividades que envolvem a animação são muito características, segundo o produto a ser desenvolvido. Desenvolver enredo, criar personagens e cenários, escolher trilha sonora, cuidar do design de sons e imagens, dirigir equipes e elaborar a direção de arte podem ser algumas delas. No caso particular da computação gráfica há outros postos técnicos que ficam responsáveis pela modelagem do produto como os pintores digitais, programadores e especialistas em rendering, os quais cuidam dos acabamento do trabalho.

PUBLICIDADE

“Nessa área, o estudo é constante, uma vez que as tecnologias se desenvolvem com rapidez e as exigências técnicas variam de acordo com os projetos desenvolvidos”, diz Rogério Magalhães Felix, coordenador de ensino do curso Play Game da SAGA (School of Art, Game and Animation).

Como e onde aprender

Internet e campeonatos são ótimas maneiras de divulgar seu trabalho de forma mais eficiente.

Para os interessados é importante destacar que as instituições de ensino do Brasil, já estão desenvolvendo cursos exclusivos para quem deseja trabalhar na área. A Universidade Federal de Minas Gerais oferece a graduação em Cinema de Animação e Artes  Digitais, a PUC-SP apresenta ensino superior em Tecnologia em Jogos Digitais, e no Rio de Janeiro o grupo da Anima Mundi providencia vários tipos de cursos.

“O mais importante nesse mercado é ter força de vontade para estudar sozinho. Os cursos incentivam, mas é preciso produzir muito, colocar a mão na massa”, conta Caio Mello, 34 anos, programador que trabalha na Giovanni+DraftFCB e está fazendo curso de Desenvolvimento de Jogos na Saga. Segundo ele, muitos interessados desistem quando percebem que as informações dadas em aula não são suficientes.

Além de saber estudar sozinho, quem deseja entrar nesse mercado precisa aprender a desenvolver, estruturar e anunciar seu próprio trabalho. A primeira coisa a se fazer é desenvolver um portfólio. A segunda é divulgar os trabalhos que você realiza. “É uma área de difícil acesso para quem não tem experiência. Só produzindo muito e divulgando o seu trabalho você consegue se infiltrar nele”, afirma Mello.

PUBLICIDADE

Internet e campeonatos são ótimas maneiras de divulgar seu trabalho de forma mais eficiente.  “As agências ficam atentas a tudo isso para chegar até o profissional antes mesmo que eles cheguem até elas”, destaca Felix, do curso Play Game da SAGA. Outra opção é começar realizando algum trabalho preciso, como freelancer. Para isso, as oportunidades ainda se concentram na área de publicidade, sobretudo na região Sudeste.

Trabalhar neste ramo pode parecer moleza, mas ao contrário do que aparenta, está longe de ser pura diversão. “Para entregar alguma coisa de qualidade, você leva muito mais do que as oito horas diárias de trabalho, porque precisa testar soluções e descobrir novas técnicas a cada projeto.” afirma Mello, da Giovanni+DraftFCB.

Se compensa? Depende do tipo do acordo, há quem seja remunerado por trabalho realizado ou por hora. O salário inicial varia entre R$ 1,5  mil e R$ 2,5 mil e pode chegar R$ 10 mil para os profissionais seniores.

 

PUBLICIDADE

Leia também:

Comentários fechados

Os comentários desse post foram encerrados.