Marcas acusadas de colaborar com trabalho escravo

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De acordo com as definições mais recentes, trabalho escravo é um tipo de trabalho forçado que envolve sérias restrições à liberdade do trabalhador, condições nas quais estão entre 10 e 20 milhões de pessoas em todo o mundo, conforme as últimas estimativas.

Vários casos de trabalho escravo envolvem a indústria da moda (Foto: Divulgação)

Os trabalhadores escravos geralmente são obrigados a prestar serviços mediante o pagamento de valores insuficientes para as suas necessidades, sendo comuns também as situações mais graves, em que nenhum pagamento é realizado, como nos casos em que as pessoas são forçadas a trabalhar para quitar dívidas.

E ao contrário do que possa imaginar, de que apenas marcas desconhecidas estejam envolvidas com a escravidão de trabalhadores, há diversos casos de marcas acusadas de colaborar com trabalho escravo que envolvem companhias reconhecidas em todo o mundo.

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Zara

A rede espanhola Zara foi uma das grandes marcas acusadas de colaborar com a exploração de trabalho escravo (Foto: Divulgação)

Um dos casos mais famosos de marcas acusadas de envolvimento com trabalho escravo é o da Zara, rede espanhola de lojas de roupas e acessórios para o público feminino, masculino e infantil.

A marca foi denunciada em 2011 após fiscais do Ministério do Trabalho terem encontrado, em São Paulo, 16 pessoas que trabalhavam e viviam em condições de semiescravidão, produzindo peças para uma fornecedora da Zara. A partir daí, a companhia afirmou que aumentou a fiscalização sobre os seus fornecedores, para evitar novas situações de exploração de mão de obra escrava.

Pernambucanas

A Pernambucanas também foi acusada, em um caso acontecido em 2011 (Foto: Divulgação)

Também em 2011, trabalhadores que produziam roupas para duas marcas exclusivas da Pernambucanas foram encontrados atuando em situações precárias na capital paulista. Entre os funcionários, que trabalhavam mais de 60 horas por semana e recebiam R$ 400,00 mensais, em média, havia menores de idade.

A empresa disse que a responsabilidade não era dela e sim dos contratantes, mas teve que encarar a Justiça.

Brasil Foods S/A

A BRF é detentora das marcas Sadia e Perdigão, entre outras (Foto: Divulgação)

Detentora das marcas Sadia e Perdigão, entre outras, a BRF (Brasil Foods S/A) foi acusada de colaboração com o trabalho escravo após denúncias de exploração e maus tratos contra trabalhadores imigrantes e refugiados, em unidades da companhia no Paraná e no Distrito Federal. Todos os trabalhadores eram muçulmanos e trabalhavam no abate de frangos.

Nike

A Nike já esteve envolvida em vários casos de exploração de trabalho escravo e infantil, principalmente na década de 90 (Foto: Divulgação)

Na década de 1990, a Nike esteve envolvida em diversos escândalos de exploração de trabalho infantil e trabalho escravo em países como Indonésia, Índia, Paraguai, México e Turquia.

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Até hoje a companhia ainda costuma ser bastante criticada pelas condições de trabalho precárias e a exploração de mão de obra barata em países sem legislação trabalhista adequada. Alguns dos erros cometidos foram assumidos por ela.

Samsung

A fábrica da Samsung em Manaus foi denunciada recentemente, por oferecer condições de trabalho inadequadas (Foto: Divulgação)

Em agosto desse ano, a Samsung foi denunciada por oferecer condições de trabalho inaceitáveis na sua fábrica localizada em Manaus, mesmo tipo de acusações que foram feitas às fábricas da companhia na China.

No caso brasileiro, o Ministério Público do Trabalho afirmou que diversos funcionários da empresa trabalham até 10 horas em pé, outros têm jornada diária de 15 horas e alguns trabalham 27 dias seguidos, sem folga. A empresa disse que iria analisar as denúncias.

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