A repressão da Síria, iniciada em 15 de março deste ano, já matou pelo menos 3 mil pessoas, incluindo 187 crianças, de acordo com um anúncio feito nesta sexta-feira (14), pelo Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU), para os Direitos Autorais.
Só nesta sexta-feira, mais 10 pessoas morreram e outras 40 ficaram feridas, por disparos feitos pelas forças de segurança que tentaram acabar com várias manifestações, combinadas através da rede social Facebook e dedicadas aos “homens livres do exército”, soldados que desertaram para fazer parte do movimento de protesto contra o regime. Na quinta-feira, outro número alarmante, 36 mortos, sendo 25 militares, e outras dezenas de pessoas gravemente feridas, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
“Mais de 100 pessoas morreram apenas nos últimos 10 dias. Além disso, milhares de pessoas foram detidas, vítimas de desaparecimentos forçados e torturadas”, informa o comunicado do Alto Comissariado. Apesar da comunidade internacional adotar sanções contra a Síria, não foi possível até agora modificar as atitudes do regime sírio, segundo contou o porta-voz do Alto Comissariado, Rupert Coville. A ONU apela para que os países tomem medidas urgentes e apoiem os habitantes que lutam contra o regime Bashar al-Assad.
O silêncio das autoridades sírias é uma surpresa pra muitos. Eles não se declararam perante as mortes de quinta-feira, ocorridas na região de Deraa, na província de Deir Ezzor, na cidade de Quseir e em Jabal Zawiya, e não entregaram os corpos às famílias.
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