Fiocruz faz parceria para produzir medicamento contra o vírus HIV

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Começará a ser produzido, no Brasil, uma das drogas usadas no tratamento de pacientes com HIV. Graças ao acordo, assinado nesta sexta-feira (11), entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o laboratório norte-americano Bristol-Myers, a tecnologia de produção do atazanavir chegará ao país, em breve.

O medicamento faz parte do coquetel de drogas usadas no combate ao vírus HIV, causador da Aids. O Instituto de Tecnologia em Fármacos do Fiocruz, conhecido como Farmanguinhos, será o responsável pela produção.

A parceria deve durar até 2017, segundo o diretor do Instituto, Hayne Felipe. Este é o tempo necessário e suficiente para que o conhecimento, ao redor do medicamento, seja adquirido pelos profissionais brasileiros, fazendo com que no futuro a droga seja produzida totalmente em território nacional.

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“Esse tempo é normal para a transferência de uma tecnologia deste tipo e é também quando termina a patente do produto”, comenta. Acrescentando que até 2015, o país deve responder por 50% de toda a produção do atazanavir.

O nome comercial da droga é Reyataz. Através dela, o amadurecimento do vírus é impedido, impossibilitando que ele afete outras células dentro do organismo do portador.

Com o acordo, o Ministério da Saúde espera reduzir em 41% seus gastos na compra do atazanavir, que só em 2011 correspondeu à R$ 128,2 milhões, na compra de cerca de 25 milhões de cápsulas, para atender mais de 43 mil pacientes. Além disso, o domínio da tecnologia pode garantir o acesso do paciente ao medicamento, sem muitos gastos ou até mesmo de forma gratuita.

Em relação a demanda de 2012, a Fiocruz afirma que este é um assunto que ainda será tratado com o Ministério da Saúde. “Nós vamos conversar, talvez o Ministério precise adquirir até mais do que neste ano, que estamos”, contou Hayne Felipe.

O avanço na produção de medicamentos frente à outras companhias internacionais é outro objetivo do projeto. “Nosso grande desafio é adquirir competitividade frente às grandes indústrias internacionais. Por outro lado, o acordo com a Bristol contribui para maior disponibilidade do medicamento”, afirmou Hayne.

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