O deputado Marco Feliciano (PSC-SP) falou que Nelson Mandela, que faleceu no último dia 5 de dezembro, não é seu amigo por ser a favor do aborto. Apesar de homenagear com um minuto de silêncio o ex-presidente da África do Sul durante a última sessão da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, Feliciano o criticou por causa da aprovação de lei de aborto na África do Sul.
“Quem mata uma criança, para mim, não é meu amigo. Então Mandela implantou a cultura que chamamos de cultura da morte dentro da África do Sul”, disse Feliciano, em entrevista recente a um portal de notícia. “E até hoje os índices de aborto na África do Sul são dos maiores do mundo. Então, nesse quesito, Mandela não foi feliz”, disse o deputado.
Alto índice de abortos tem relação direta aos números de violência sexual na África do Sul
Em 1996, a legalização do aborto na África do Sul teve como argumento o alto índice de violência sexual contra a mulher no país. Segundo autoridades sul-africanas, cerca de 60 mil estupros são denunciados todos os anos na nação, e Muitas estavam cometendo abortos ilegais para se livrar do fruto dessa violência.
Feliciano disse que apoia outras medidas de Mandela
Mesmo dizendo não ser amigo de Mandela e o criticando, Feliciano elogiou outra postura de Mandela ao longo de sua trajetória contra a diferença social e racial que existe em seu país. A segregação racial do apartheid foi um fato que marca ainda hoje os sul-africanos.
O deputado Marco Feliciano é relator do projeto de lei que pode destinar 20% das colocações vagas em concursos públicos para negros. Feliciano antecipa que dará parecer favorável às cotas. “Meu voto vai ser uma homenagem a Mandela”, indica.
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