Enxaqueca pode piorar com uso de remédio errado, veja mais

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Enxaqueca hoje, enxaqueca amanhã e a dor prossegue por vários dias seguidos. Sem se dar conta do que realmente está acontecendo, muita gente opta por usar aquele remedinho básico para tentar dar uma volta no problema. No dia seguinte, o incômodo volta a falar mais alto e o que parecia ser uma simples cefaleia, parece ser algo bem pior. O uso de remédio errado só pode piorar tudo.

Segundo a neurologista da Sociedade Brasileira de Cefaleia, Dr. Eliana Melhado, quem sofre de enxaqueca deve procurar um médico assim que perceber uma certa frequência da dor e nem deve se automedicar. “Quando a pessoa sente dor de cabeça mais do que três vezes ao mês, não deve se automedicar, pois essa prática causa malefícios, e deve procurar um médico neurologista. Para saber o fármaco exato, quem dita isso é o médico com solidez na medicina baseada em evidência, nas características do indivíduo e na experiência do profissional. O médico, através de uma história bem feita, realiza o diagnóstico e entra com o medicamento mais adequado” disse.

Existem diversos motivos que aumentam a chance da enxaqueca aparecer. De acordo com a neurologista, são basicamente cinco fatores que desencadeiam a cefaleia:

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  • Cigarros, pelo cheiro da nicotina ou pela absorção dos tóxicos via sanguínea;
  • O consumo de bebida alcoólica, tanto pelo ingestão como a metabolização do dia seguinte;
  • A má alimentação, em que o jejum de mais de três horas pode dar dor de cabeça ou deflagrar de quem já a tem;
  • Estresse, que provoca uma reação em cadeia cerebral que leva a produção da mediação química para dor;
  • A obesidade, que embora não tenha maior prevalência de cefaleia, está relacionada com a cronificação da dor, dessa forma, emagrecer de modo saudável pode ser o caminho para melhorar a frequência enxaqueca.

Outra grande dúvida dos que sofrem com a dor de cabeça e acabam tomando remédio errado é sobre o fator hereditário. Afinal, se a doença existe na família, é sinal que ela pode ser transmitida pela genética? “A enxaqueca é uma doença do Sistema Nervoso Central, hereditária, não é simples como o pai tem e o filho vai ter, envolve vários cromossomos, 13 e 19 e muitos alelos (dentro dos cromossomos) e gera uma penetrância variável, portanto as características fenotípicas (clínicas) variam muito nos indivíduos da família e no mesmo individuo ao longo da vida porque a genética é altamente influenciada pelo ambiente” disse.

O caminho para acabar com a cefaleia é procurar um médico e fazer um tratamento e Dr. Eliana diz que são dois tipos: “Há o tratamento não medicamentoso, com dieta, atividade física e fisioterapia, acupuntura e o tratamento medicamentoso das crises com analgésicos e anti eméticos. E o tratamento profilático com várias categorias de drogas como – antidepressivos, neuromoduladores, betabloqueadores, vitaminas, botox”. O tempo de duração varia de acordo com o caso. “Tratamento mínimo de seis meses e quando com controle adequado – mais de 50% de melhora da frequência, intensidade e duração da dor, aí pode ser prolongado por 1 até 3 anos, vai depender de cada caso” informou.

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