Entenda o risco do uso inadequado de antibióticos

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A descoberta do antibiótico

Em 1928, por uma coincidência do destino, Fleming, médico microbiologista, descobriu o primeiro antibiótico, a penicilina. Quando foi tirar férias deixou placas que continham bactérias em cima da mesa, esquecendo de colocá-las na geladeira. Quando voltou, percebeu que algumas placas havia presença de mofo, o qual impedia a proliferação dos microorganismos. Ao estudar o ocorrido, o médico microbiologista percebeu que o mofo em questão produzia uma substância bactericida, ou seja, que destrói a parede das bactérias. A partir dessa descoberta, foram criados diversos tipos de antibióticos, totalizando 93 só no Brasil.

Prescrição indevida e uso de forma errada.

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Dados da Organização Mundial da Saúde mostram que 50% dos antibióticos prescritos, não eram necessários, ou seja, os diagnósticos estão equivocados em metade dos casos. Além disso, também temos que chamar a atenção aos usuários do remédio. É muito comum observar pacientes que não seguem a prescrição correta. Às vezes, é indicado que se utilize o remédio por uma semana, por exemplo, porém com a melhora dos sintomas do quadro infeccioso, o indivíduo cessa o tratamento sem orientação médica, colaborando também, com a resistência bacteriana.

Resistência das bactérias aos antibióticos

Hoje, devido ao uso indiscriminado de antibióticos pela população e pelos profissionais da saúde, a resistência bacteriana tornou-se algo preocupante. A resistência nada mais é que a capacidade do microorganismo reagir à ação do medicamento, colaborando com a proliferação de superbactérias. São denominadas assim por ainda não existir medicamentos que possam combatê-las.

Novas leis.

Visto isso, começaram a valer novas regras a partir de 28 de Novembro de 2010 para a venda de antibióticos nas farmácias e drogarias do Brasil (RDC 44 da Agência Nacional de Vigilância sanitária). O médico deverá fornecer duas vias de receituários para o paciente, sendo que uma via irá permanecer no estabelecimento no ato da compra e a outra com o consumidor. Tudo para poder obter um maior controle da utilização do medicamento.

É necessário estarmos atentos a real utilidade e necessidade desta medicação tão eficaz e, ao mesmo tempo, tão perigosa. Jamais pratique a automedicação ou mesmo interrompa um medicamento sem orientação médica.

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 O que fazer para evitar as superbactérias

  1. Tenha hábitos de higiene, lave sempre as mãos antes de comer algo, após andar de ônibus ou sempre que chegar em casa;
  2. Não coloque as mãos na boca. O certo é perder hábitos como roer unhas ou virar a página de um livro utilizando saliva para não escorregar os dedos nas páginas;
  3. Evite usar antibióticos não prescritos por um médico;
  4. Se for utilizar esse medicamento, faça o uso correto da forma como o médico explicar e pelo tempo que ele disser. Não pare o tratamento antes só porque os sintomas desapareceram, mas não a doença;
  5. Evite contato com pessoas com infecção.

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