Ellen Johnson, ganhadora do Nobel da Paz, concorre a reeleição na Libéria

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A ‘Dama de Ferro’, como é conhecida Ellen Johnson, uma das vencedoras do prêmio Nobel da Paz de 2011, concorre nesta terça-feira (11) a reeleição na Libéria. Batalhadora e vencedora em inúmeras situações, Ellen foi a primeira mulher eleita a presidente de um país africano, em 2005.

Formada em Ciências Econômicas pela Universidade de Harvard, hoje com todas suas conquistas, incluindo a atual do Nobel, se apresenta com uma dos candidatos favoritos que concorrem a presidência, que totaliza mais 16 concorrentes.

Nascida em Monróvia em 1938 e descendente de escravos libero-americanos, elite que dominou a política na Libéria desde 1878, a chefe de Estado recebeu na semana passada a informação de que tinha ganho, junto a duas outras mulheres, Leymah Gbowee e Tawakkul Karman, o Nobel da Paz.

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A primeira vez que concorreu ao cargo de presidente, em 1997, Ellen Johnson obteve 10% dos votos, perdendo para Charles Taylor, que em seguida a acusou de traição, forçando-a fugir da Libéria.

Entretanto, a luta por um país mais digno e na busca pelos direitos das mulheres, Ellen Johnson retornou a Libéria e tentou a eleição de 2005, na qual o maior adversário era George Weah, um ex- jogador de futebol. Foram necessários dois turnos para decidir o nome presidencial, que por fim era o dela. Ellen Johnson foi nomeada chefe de Estado em 2006, a primeira figura feminina a alcançar tal título dentro do continente africano.

Mãe de quatro filhos, divorciada, e avó de seis netos, a presidente da Libéria anunciou sua candidatura à votação deste ano antes do início da campanha pela Comissão Eleitoral, atitude essa que fez com que ela recebesse diversas críticas, pois segundo os membros da oposição, estaria violando a constituição. “Pretendo apresentar-me como candidata às eleições presidenciais de 2011 e serei uma força formidável”, apresentou-se Ellen, que faz parte do Partido da Unidade (UP).

Quem não gostou do anúncio antecipado foi Charles Brumskine, do Partido da Liberdade (PL), afirmando que “o momento do anúncio não foi correto” e, graças a ele, “pretende-se estar em uma posição vantajosa”.

Porém, a oposição que mais preocupa o partido da presidente é Congresso por Mudanças Democráticas (CDC), segunda maior formação do país, representado por William V.S. Tubman.

Ela não é a única a concorrer como mulher nessa eleição, faz parte também do processo de candidatura Gladys Beyan, do Partido Democrático de Base da Libéria e Manjergie Ndebe, do Partido para a Reconstrução da Libéria.

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