Descubra quais são os perigos da automedicação

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A automedicação é um sério problema que deve ser combatido. A maioria da população não entende o quanto esse ato pode ser perigoso. Muitas vezes as pessoas não tem acesso a atendimentos médicos e acabam tentando solucionar o problema com base na opinião de pessoas leigas no assunto. Outras vezes, a pessoa acha que o sintoma é comum e não procura atendimento, realizando a automedicação.

Outro fator que agrava o problema é o incentivo da mídia com relação aos remédios. Quando alguém vê uma propaganda de algum medicamento acaba fazendo uso do mesmo sem a orientação de um médico.

O uso inadequado de medicamentos pode levar desde a uma reação alérgica leve até a um quadro grave de intoxicação. Pode, também, mascarar alguns sintomas de uma doença mais grave, atrasando o diagnóstico e comprometendo o tratamento, podendo levar, inclusive, a morte.

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Em 2006, segundo o Sistema Nacional de Intoxicações Tóxico Farmacológicas (SINITOX), da Fundação Oswaldo Cruz, houve cerca de 34 mil casos de intoxicação por uso inadequado de medicamentos, no Brasil, acarretando 106 óbitos.

A orientação e o acompanhamento de um médico, quando se vai tomar algum medicamento, é de extrema importância, mesmo quando o remédio não necessita de receita. Apenas esse profissional é capaz de avaliar as necessidades do paciente a partir de seu histórico de saúde. Ele também leva em consideração possíveis interações medicamentosas e possibilidades de alergias, prescrevendo a forma adequada de tratamento em cada caso.

Perigos da automedicação 

1. O que difere um veneno de um remédio é a dose. Por isso, é importante que um profissional da saúde prescreva um medicamento. Quando você se automedica, pode errar a dose ou a via de administração e acabar se intoxicando, causando graves problemas de saúde.

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2. Outro problema relacionado à automedicação é a famosa interação medicamentosa. Quando alguns medicamentos são administrados ao mesmo tempo, pode ocorrer uma série de problemas como potencialização ou perda do efeito de um dos medicamentos, alteração na absorção ou toxicidade para algum órgão como o fígado. Por exemplo, alguns antibióticos inibem o efeito de anticoncepcionais, se a mulher não for orientada sobre isso, pode ocorrer gravidez.

5. Alguns medicamentos perdem o efeito dependendo das substâncias que a pessoa ingere após a administração do comprimido. Esse é o caso de antibióticos e substâncias alcoólicas. Outros remédios necessitam de jejum para que tenham efeito, alguns precisam que a pessoa esteja com o estômago cheio antes de ingeri-lo, pois podem causar danos a mucosa gástrica. São diversos problemas que interferem na absorção dos medicamentos, se um profissional não orientar, podem ocorrer graves problemas.

4. Muitos remédios causam mudanças fisiológicas no organismo do paciente. Dessa forma, é importante que o médico saiba as mudanças no organismo para alertar o paciente ou deixar de usar o medicamento quando souber que as reações do remédio podem agravar a saúde da pessoa. Os antitérmicos, por exemplo, quando usados em casos de catapora ou dengue, podem causar um problema muito grave, chamado Síndrome de Reye, levando, muitas vezes, o indivíduo a morte.

6. A automedicação deve ser evitada até mesmo com relação ao uso de remédios fitoterápicos. Não é verdade que esses medicamentos não possuem reação adversa. Todo e qualquer medicamento provoca reações indesejadas no organismo.

7. Muitas vezes as pessoas compram medicamentos baseados em conselhos do farmacêutico, que é um profissional qualificado para dispensar as especialidades farmacêuticas. Mas, é importante lembrar que os médicos são responsáveis pelo receituário, por entenderem melhor da doença e do organismo do paciente. A troca da receita médica pela indicação de outro que não seja o médico, é certamente um perigo.

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Portanto, pense duas vezes antes de tomar um remédio que um amigo ou vizinho tenha receitado. Procure sempre um médico para receitar medicamentos e tratamentos para qualquer que seja o sintoma.

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